segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A toda a prova

Não fosse a minha fé inabalável na honestidade e na atitude de desapego de José Sócrates em relação ao poder, ainda me poderia passar pela cabeça que o senhor primeiro-ministro estaria a tentar manter-se no poder até à provável intervenção do FMI.
Claro que nessas circunstâncias, a "estabilidade seria mais necessária do que nunca", as "coligações negativas" nefastas para o país e a necessidade de um "parceiro para o tango" ainda maior...
Mas não. Não é possível. Conhecendo Sócrates como o conheço, sei que nunca poria os seus interesses à frente dos de Portugal.

domingo, 7 de novembro de 2010

Civil e criminalmente....

Quem passa por zonas industriais deste país (agora zonas empresariais) vê que, para quem possui liquidez, um dos negócios do momento é a construção de pavilhões para aluguer. Uma excelente oportunidade de negócio está na construção de prisões para alugar ao estado! É que a avançar a proposta de Pedro Passos Coelho não haverá certamente prisões para tanta gente...
Para o estado resolver o problema podia sempre optar por mais uma Parcerias Público-Privado, mas dizem que estas também podem ter incluído pacotes de férias.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ainda o acordo relativo ao OE

Creio que, em termos globais e por mérito da actual direcção, o processo de negociação do orçamento correu bem ao PSD. A escolha de Eduardo Catroga foi bastante feliz. Sócrates sai cada vez mais marginalizado e Passos Coelho com a imagem reforçado; Marcelo tem razão.
Só tenho dúvidas numa questão: não teria sido melhor que, a partir o anúncio de ruptura das negociações de 4ª feira de manhã, o PSD simplesmente anunciasse a abstenção e não aparecesse como co-autor deste orçamento? Por outro lado, também é verdade que com o retomar das negociações o PSD conseguiu algumas cedências por parte do PS, como são o caso da limitação do fim das deduções fiscais no IRS aos dois escalões de rendimentos mais elevados ou a manutenção de todos os bens alimentares no escalão mais baixo do IVA; e esse é um activo que pode ser bem explorado.