Mais que o excessivo número de medidas ou a sua completa falta de concretização, é o seu carácter de excepção que me preocupa: é com novas e diferentes regras, e não com excepções, que o país pode ultrapassar os seus constrangimentos.
Instalado que está o desnorte e o "estado de urgência", parece que muitos se esqueceram das razões pelas quais um regime de excepção tem de constituir, necessariamente, uma excepção: a impossibilidade ou inconveniência da sua generalização e o consequente aumento de burocracia que implica. Não é difícil perceber que a gestão de dois regimes é mais complexo e implica mais gente que a gestão de um só regime. Ora, não é seguramente de maior dependência do Estado, de mais favor e de mais corrupção que nós estamos a precisar.
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