segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ainda o acordo relativo ao OE

Creio que, em termos globais e por mérito da actual direcção, o processo de negociação do orçamento correu bem ao PSD. A escolha de Eduardo Catroga foi bastante feliz. Sócrates sai cada vez mais marginalizado e Passos Coelho com a imagem reforçado; Marcelo tem razão.
Só tenho dúvidas numa questão: não teria sido melhor que, a partir o anúncio de ruptura das negociações de 4ª feira de manhã, o PSD simplesmente anunciasse a abstenção e não aparecesse como co-autor deste orçamento? Por outro lado, também é verdade que com o retomar das negociações o PSD conseguiu algumas cedências por parte do PS, como são o caso da limitação do fim das deduções fiscais no IRS aos dois escalões de rendimentos mais elevados ou a manutenção de todos os bens alimentares no escalão mais baixo do IVA; e esse é um activo que pode ser bem explorado.

1 comentário:

  1. OE2011.. Cai por terra principal argumento

    Há várias semanas que venho defendendo o chumbo do OE2011, a mudança de Governo e até a vinda do FMI. Também vinha afirmando que a viabilização do OE2011 com base no argumento de “é para acalmar os mercados internacionais” era absurdo. A prova disto mesmo está nos acontecimentos dos últimos 2 dias (depois da viabilização do OE2011). Os juros da dívida Portuguesa sobem para máximos históricos.

    Repito o que tenho dito ultimamente: o problema de Portugal não é a aprovação de um qualquer Orçamento de Estado, mas sim a credibilidade (ou, melhor dizendo, a falta dela) do Governo e da classe política em geral. Será que vamos fazer algo para mudar este estado de coisas? Ou vamos simplesmente esmorecer e deixar que os socialistas do PS (Partido Socratiano) afundem o país?

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