segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sócrates e um certo espírito Gestapo

É sobejamente reconhecida a falta de maturidade democrática dos portugueses. Em geral, o nosso povo confia (já confiou mais...) nos seus governantes. Ou melhor, mais do que confiar nem sequer se preocupa com determinadas questões como, por exemplo, a sua privacidade ou a garantia de que o seu primeiro-ministro (sem motivo justificado) não tem os instrumentos necessários e suficientes para, em poucos minutos, conhecer em detalhe toda a sua vida passada.
Esta falta de maturidade é compreensível. Vivemos numa democracia "à séria" há muito pouco tempo e, para além disso, a pedagogia e o exemplo vindos de cima têm sido uma vergonha.

Perante esta atitude típica dos portugueses os nossos políticos têm três opções possíveis:
1ª ignorá-la,
2ª tentar combatê-la ou
3ª aproveitar-se dela.

O PS há muito que escolheu a 3ª via.

Depois do CITIUS, temos agora a espionagem nos serviços públicos. Não é uma surpresa. A suposta defesa da liberdade por parte da esquerda pós-moderna não passa de mera retórica para "português ver". Que se lixe um orgulhoso passado de luta pela liberdade...

Alguém falou em tiques salazarentos? Numa coisa José Sócrates tem razão: a escolha é mesmo decisiva.


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