Mostrar mensagens com a etiqueta José Sócrates. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta José Sócrates. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Afinal o homem é mesmo é fontista...

António Sérgio, na obra Breve Interpretação da História de Portugal:

“Construir estradas e caminhos-de-ferro, empregando nisso muita gente, foi a ideia administrativa característica do fontismo. Nem por ser moda daquela época nos grandes países industriais (adiantados na faina da produção das riquezas) deixava de apresentar em Portugal especialíssimos inconvenientes, naturais consequências do nosso atraso. Aqui significava, sob outra forma o regresso à política do Transporte, quando o necessário, afinal, era reformar e reforçar a actividade da Produção."

Donde se conclui que José Sócrates anda a dar ares de modernaço "cainesiano", quando na realidade não é mais do que um antiquado fontista! O que, financeira e politiccamente falando, não augura nada de bom...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

E meu também...

Helena Matos em "Deve ser um problema meu"

"mas não me parece normal que tendo a líder do PSD sido hoje acusada na AR de ter tido acesso às escutas das conversas entre Armando Vara e José Sócrates o dito PSD se mantenha em silêncio. Quiçá reflectindo vir a dIscutir o assunto num próximo encontro."

Já agora, é impressão minha ou com estas declarações no mínimo geniais:

"como é que a senhora deputada sabe que o primeiro-ministro está a mentir?"

«três meses depois percebi que esse era um facto das alegadas escutas»

o deputado Ricardo Rodrigues está a admitir que José Sócrates mentiu ao Parlamento e que a operação PT/Media Capital estava a ser cozinhada com o amigalhaço do robalo??

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O pessoal gosta de apanhar

Depois desta notícia começo a perceber como é possível que José Sócrates tenha sido re-eleito primeiro-ministro.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Recados ao partido da oposição



Após a comunicação de ontem à noite, proferida por sua Excelência o Presidente da República, o Professor Doutro Cavaco Silva, somos levados a reconhecer que o moço de recados se arrisca a perder o emprego por extinção do posto de trabalho...

Muitas têm sido a vozes que se têm levantado contra o conteúdo da mensagem proferida pelo Presidente: que não esclareceu as dúvidas dos portugueses, que não respondeu a perguntas dos jornalistas, que deixa dúvidas no ar, que se contradisse, que bebeu um copo de água a meio do discurso, etc, etc.

Gostaria de fazer dois comentários em relação a estas acusações.

Em primeiro lugar e, ao contrário do que os mais ingénuos possam pensar, Cavaco Silva não falou para os portugueses nem para os jornalistas: falou quase exclusivamente para o PS. Com maior ou menor sucesso, tentou passar a mensagem de que não se deixa vencer facilmente e que o combate está a meio, ainda que desta vez tenha sido ele a ir ao tapete. Falou ainda para o PSD, tentando dizer que não é ele o principal responsável pela derrota nas legislativas como alguns opinam. Não sei se foi ou não, mas penso que este discurso e, tendo em conta as acusações feitas a José Sócrates, deveria ter sido feito durante a campanha eleitoral. Ou será que os portugueses só têm direito a saber que estão a ser manipulados pelo primeiro-ministro depois de o voltarem a eleger?

Em segundo e, para os que se queixam de Cavaco não ter esclarecido o que era necessário esclarecer, concordo com a queixa mas não com a surpresa. Se Cavaco fosse transparente, se manifestasse em público tudo o que pensa, provavelmente não seria Presidente (lembro a constante recusa de Cavaco, durante a campanha presidencial, em responder à questão da eventual promulgação de uma lei que liberalizasse o aborto).
Se imperasse a lógica do esclarecimento, José Sócrates nunca teria sido primeiro-ministro e, muito menos, reeleito. Entendo que muitos sofrem de memória selectiva pois não demonstram tal estupefacção quando assistem aos debates/comícios quinzenais de José Sócrates na Assembleia da República. Nem sequer se lembram dos debates televisivos de há escassas semanas ou das entrevistas aos órgãos de comunicação social (por exemplo a dada a Maria Flor Pedroso).

Consta que havia entre os candidatos a primeiro-ministro uma senhora que respondia ao que lhe perguntavam, que dizia o que pensava e que ousava dizer a verdade. Consta também que foi a única que foi enxovalhada em plena praça pública com a ajuda dos “cães” do costume. São os mesmos que vêm agora acusar Cavaco de não ter esclarecido tudo o que havia por esclarecer. Mas escolhemos o circo e é circo que vamos ter.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ironias do destino

José Sócrates, com a sua reconhecida coerência de princípios e manifesta profundidade ideológica, depois de ter adjectivado o jornalismo da TVI e de Manuela Moura Guedes de "jornalismo travestido", não admitirá qualquer tipo de sugestão no sentido de formar uma coligação com o fundador do pasquim "O Independente". De certeza abosluta.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Saneamento de Moura Guedes: ainda alguém se lembra?


Há algumas semanas atrás a administração da PRISA - numa manobra que ficará para a história como a primeira grande empresa de media que resolve subverter a lógica do capitalismo de busca do lucro - decidiu acabar, por "razões económicas", com o telejornal líder de audiências em Portugal.

Perante esta decisão alguns defenderam que o PS seria beneficiado pelo fim das notícias sobre os primos do primeiro-ministro, sobre o facto de a polícia inglesa considerar Sócrates como um dos suspeitos no caso Freeport (sabe-se que houve pagamento de luvas a algumas pessoas) ou ainda sobre o caso Cova da Beira.

Outros houve que tiveram a elasticidade suficiente para considerar que o PS seria o principal prejudicado pelo fim do bloco noticiário de uma jornalista processada pelo primeiro-ministro e cujo trabalho este apelidou de "jornalismo travestido".

Passadas 3 semanas podemos fazer-nos algumas perguntas para tentar perceber de que modo o PS foi ou não beneficiado por esta decisão. Por exemplo:

- ainda alguém fala neste caso na imprensa?

- José Sócrates continua a queixar-se, nos seus comícios, do afastamento de Manuela Moura Guedes?

- as grandes figuras do PS continuam a "exigir" o esclarecimento deste saneamento?

- a ERC já recebeu a resposta da PRISA às questões que lhe colocou?

- qual a percentagem de eleitores que ainda têm presente este episódio?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sócrates, a liberdade de escolha e a ideologia igualitarista

José Sócrates afirmou ontem, durante o debate com Paulo Portas, que a possibilidade de os pais escolherem a escola pública que entenderem para os seus filhos, leva à transferência de fundos do sector público para o sector privado. Só não explicou como. Nem poderia, pois não há explicação possível para tamanho disparate.

A questão é muito simples: o socialismo não admite que os pais possam escolher a escola dos seus filhos. Ou são ricos ou cabe-lhes a escola da zona de residência. Ponto. Seja ela boa ou má, gostem os pais ou não! Se os pais não percebem que isso é o melhor para as crianças, é porque ainda não estão suficientemente educados! E já para não falar em quererem que os seus filhos sejam educados de acordo com os seus princípios! Onde é que isso já se viu? Essa agora! Princípios?! Escolhidos pelos pais?! Nãã...

Toda esta palhaçada manifesta claramente os perigos da ideologia igualitarista. Eis umas breves palavra de Blakely y Colbert sobre este "saber de salvação":

"a sua característica mais destacada é a sua tendência para desviar-se em direcção ao totalitarismo quando se ataca a sua particular mistura de teoria e prática. Quando a ideologia igualitária encontra oposição, reage acusando essa oposição de irracionalidade, falta de humanidade... e, negando o direito à opinião contrária. Quando mostra uma face mais amável, é para observar que se o povo resiste a alguma reforma, a sua resistência é explicada pela ignorância e será superada graças à educação; enquanto isso não acontece, há que combater a resistência, ainda que seja através da força".



PS - Foi hoje que se tomou conhecimento das pressões de membros do gabinete de Sócrates sobre Alexandre Relvas, não foi? E foi também hoje que o Jornal Nacional, na véspera de uma reportagem sobre Freeport, sofreu uma interrupção voluntária, não foi?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Onde estão os outros 24.497 ?

Curioso fenómeno este, o da imposição de um TGV.

Se repararmos, quando existe gente interessada num novo hospital, numa nova auto-estrada, numa nova escola, numa nova linha de autocarros, ou algo do género, é comum assistirmos à criação da associação de utentes, a directos no Telejornal da RTP, a manifestações de multidões inflamadas por considerarem que existe algum direito fundamental cujo acesso lhes está a ser vedado. Tenham ou não razão, ficamos a saber que existem interessados (por vezes milhares) nessas infra-estruturas.

Em relação ao TGV, o mesmo já não acontece, ou então sou eu que ando distraído. É que, apesar de a RAVE andar a fazer campanha pelo PS, não vislumbro quaisquer interessados/futuros utentes (para além de Lino, Ricardo Salgado e Jorge Coelho - e estes nem sequer dizem que vão utilizá-lo...), na construção do TGV. Afinal de contas, onde estão os outros 24.497 utilizadores diários previstos por Mário Lino?

Alguns poderão apontar este facto, como uma falha de comunicação dos assessores de José Sócrates. Mas eu sei que não é isso que se passa. Afinal, diz que o PS tem tudo pensado e já se dirigiu a uma escola de Castelo de Vide para contratar uns quantos alunos para se manifestarem a favor do TGV! Para além disso, Sócrates conta ainda tirar partido da relação privilegiada que mantém com os estivadores portugueses e conta juntá-los às imagens dos alunos da dita escola! Estava tudo previsto.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sócrates e um certo espírito Gestapo

É sobejamente reconhecida a falta de maturidade democrática dos portugueses. Em geral, o nosso povo confia (já confiou mais...) nos seus governantes. Ou melhor, mais do que confiar nem sequer se preocupa com determinadas questões como, por exemplo, a sua privacidade ou a garantia de que o seu primeiro-ministro (sem motivo justificado) não tem os instrumentos necessários e suficientes para, em poucos minutos, conhecer em detalhe toda a sua vida passada.
Esta falta de maturidade é compreensível. Vivemos numa democracia "à séria" há muito pouco tempo e, para além disso, a pedagogia e o exemplo vindos de cima têm sido uma vergonha.

Perante esta atitude típica dos portugueses os nossos políticos têm três opções possíveis:
1ª ignorá-la,
2ª tentar combatê-la ou
3ª aproveitar-se dela.

O PS há muito que escolheu a 3ª via.

Depois do CITIUS, temos agora a espionagem nos serviços públicos. Não é uma surpresa. A suposta defesa da liberdade por parte da esquerda pós-moderna não passa de mera retórica para "português ver". Que se lixe um orgulhoso passado de luta pela liberdade...

Alguém falou em tiques salazarentos? Numa coisa José Sócrates tem razão: a escolha é mesmo decisiva.


sábado, 25 de julho de 2009

But ... for Wales?

Das duas uma, ou Louçã é mentiroso, ou José Sócrates perdeu toda a vergonha.
Um dos dois tem de demitir-se, sob pena de a classe política perder toda a credibilidade que ainda lhe resta.

A ser verdade esta história, só serve para provar a falta de jeito dos assessores de Sócrates que bem que poderiam dedicar-se a actividades alternativas, como a produção de flyers para empresas de organização de eventos. Hello? Hoje em dia quem é que ambiciona ocupar um lugar num governo chefiado por José Sócrates?


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ulrich sobe a parada

Fernando Ulrich hoje durante a apresentação de resultados semestrais do BPI:

"Peço ao sr. Primeiro-Ministro que pare para olhar para o que se está a passar no BPP".

"Os nossos governantes em vez de estarem a ir constantemente à AR prestar esclarecimentos, o que eu até entendo, deviam também perder algum tempo a pensar".

"Neste momento o BPP já constitui um risco sistémico para o sector financeiro".

Mas Ulrich continua. Vale a pena ler todas as suas declarações aqui.

E depois de Rendeiro ter sido constituído arguido, Ulrich, um gestor experiente sabe que está mais à vontade para subir a parada. E sabe também que as suas declarações terão um enorme impacto aqui no burgo.
Como é óbvio, não é correcto "obrigar os bancos a assumirem responsabilidades" [pagamento aos clientes do BPP de parte das aplicações em produtos de capital garantido através do FII, que é dotado com fundos dos bancos] que resultam de erros da supervisão."

Nota-se que os bancos estão cada vez com menos medo do Governo. E mesmo que Sócrates ganhe as legislativas, já não têm receio de dizer o que pensam, atitude que no actual clima de intimidação existente é sintomática.
Principalmente depois de terem sido empurrados para arranjar uma solução para o BPP, o que obviamente recusaram. Se a supervisão falhou, deve também assumir os custos desses erros. Bem sei que conceitos como o de assunção de responsabilidades são um pouco estranhos a alguns dos nossos supervisores. ...
Neste momento, Sócrates necessita mais da banca, do que a banca de Sócrates.

Esperemos pela reacção do animal feroz. Perdão, do cordeiro manso que não investiu o suficiente na cultura.
Estou convencido que virá pela voz de Teixeira dos Santos e não do ainda primeiro-ministro.

Qual o impacto deste episódio na imagem do Governo? Teremos de esperar para ver como pega nele a oposição (um pouco escaldada por apresentadores de biografias do Menino d'Oiro...) ou como reagirá Teixeira dos Santos.
Mas que é a agua mole, lá isso é.

Digam o que disserem: Sócrates na 1ª pessoa


Palavras para quê? Ainda está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor pelas estatísticas em Portugal. Mais uma razão para o nosso querido líder estar satisfeito com ele próprio.



terça-feira, 21 de julho de 2009

Leitura recomendada: mais uma mentira de Sócrates

Sócrates: «na última legislatura, o Governo “fez um esforço ao nível dos impostos, baixando em um ponto a taxa máxima do IVA”»

O Carlos Loureiro decidiu fazer a cronologia completa da variação das taxas do IVA no Governo de Sócrates: aqui.

sábado, 23 de maio de 2009

G-2 em Valência

Como se um só não fosse suficientemente mau, resolveram juntar-se os dois em Valência num comício do PSOE.

E continuam empenhados em dividir, em desunir, em "fracturar" a sociedade.
Ou seja, procuram desviar o nosso olhar do desemprego record, do fracasso do sistema de justiça, do clima de suspeição e de medo que instauraram nos últimos anos.

Querem-nos fazer crer que a social-democracia não é a social-democracia; e pretendem identificá-la com o capitalismo selvagem. Diga-se aliás, que não tenho observado a devida reacção e desmontagem destas falácias por parte do centro-direita.

Não lhes interessa se aquilo que dizem é ou não verdade. Produz sound-bites, alegra ao Alegre, atira poeira para os olhos. Faça-se, então.
E se os erros dos orgãos de supervisão (orgãos esses de um rosa-shock) contribuiram para agravar a crise que estamos a atravessar, prometa-se o casamento gay.


Exemplo da hipocrisia dos amigos de José Sócrates, é o novo spot da campanha do PSOE às europeias. Como dizia uma política espanhola: "um vídeo canalha". Ver para crer:



Prefiro a seguinte versão, a verdadeira:



Próximo evento: G-3 com Hugo Chávez?


terça-feira, 19 de maio de 2009

1984 em 2009

Numa altura em que Portugal se prepara para adaptar à normativa interna a directiva europeia 2006/24 do Parlamento Europeu sobre a manutenção de dados de telefonemas, mails, sms como "modo de combate ao crime organizado", não deixa de soar a alarme todo o know-how que o nosso (des)governo revela no modo como lida com bases de dados...

Olhemos então para esta legislação como aquilo que é, ou seja, como mais uma medida para combater o desemprego: depois dos "senhores das escutas", dos "meninos de recados" entre PR e OM, agora os analistas de informação sensível acerca de cidadãos politicamente sensíveis...

Como o resumia tão bem o meu amigo Manuel: 1984 em nossa casa...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Run, José, run!

Finalmente percebi onde José Sócrates foi buscar inspiração para as suas corridas matinais durante as suas visitas de estado (incluam ou não fechar a Praça Vermelha a milhares de cidadãos russos).

Run, José, run!


terça-feira, 12 de maio de 2009

Alberto: aperta bem!

Sócrates desloca-se à Madeira na próxima sexta-feira. Depois dos seus recentes ataques a esta região autónoma, não sabíamos como reagiria Alberto João Jardim. Afinal Jardim, um dos maiores críticos do líder do Executivo socialista, já afirmou que o vai receber de “braços abertos”.


Só nos resta deixar um pedido: Alberto, dá-lhe um abraço bem forte da nossa parte!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Há secretárias que o fazem por menos

Charles terá recebido 80.000 euros em Janeiro de 2002, por tido conseguido marcar uma reunião entre os promotores do Freeport e José Sócrates.

Nao sou especialista na matéria... mas, bolas! Desconfio de que haja secretárias bem pior pagas por marcar uma reunião...

And off (shore) we go...

Segundo a edição de hoje do semanário Sol, o Ministério Público recebeu esta semana uma participação da Ordem dos Notários, dando conta do desaparecimento dos documentos que suportavam a escritura notarial e identificavam a empresa offshore que vendeu o apartamento no Heron Castilho, em Lisboa, a Maria Adelaide Carvalho Monteiro, mãe do primeiro-ministro.

Por coincidência, a escritura feita em 1998, teve lugar 21º Cartório de Lisboa, onde era então notária Lídia Nunes Menezes, que se tornou conhecida por ter sido condenada em 2006 a três anos de prisão, por falsificação de documentos…

Diria que José Sócrates tem aqui mais um processo para interpôr. É seu legítimo direito ter acesso a tais documentos!
O mesmo se pode dizer da empresa Stolberg que, em plena época de euforia imobiliária não só perdeu 30.000 euros na venda da casa à mãe de José Sócrates, como ainda se vê privada dos documentos que suportam essa mesma transacção!

É caso para dizer: é muito azar junto!…

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A verdade por vezes é dura... desfaz ilusões.

Manuela Ferreira Leite afirmou numa recente entrevista a propósito das eleições europeias: «Se as perder, perdi-as, não é? Vou fazer por ganhar. Se as perder, perdi. Não tenho que consultar o partido. Não vejo nenhum líder consultar o partido se perder umas eleições. Não creio que o engenheiro Sócrates vá consultar o partido dele ou que o Paulo Portas vá consultar o partido dele. Portanto, essa pergunta ou bem que é generalizada a todos ou não há nenhum motivo para ser dirigida só a mim».

Em primeiro lugar, entendo uma certa frustração de alguns perante esta resposta. Esperariam outra abertura de MFL para uma saída de cena, onde eles próprios preencheriam o papel por ela abandonado.

No nosso país, o falar verdade conta pouco para grande parte dos eleitores. Para além disso, a percentagem dos que percebem se estão a ou a ser enganados é tristemente baixa.

Para além disso, tenho alguma dificuldade em compreender como se pode hesitar na escolha entre alguém com a preparação técnica, experiência governativa, modo de estar na vida política, sentido de estado e ética de Manuela Ferreira Leite, e José Sócrates: o da licenciatura ao Domingo, o do inglês técnico, da correspondência pessoal com cartões do Ministério do Ambiente, dos 150.000 empregos, dos processos aos jornalistas, do desrespeito pela Assembleia da República, dos relatórios da OCDE, do não afinal sim ao casamento homossexuais, da propaganda do Magalhães, de um sistema de informação dos tribunais gerido por um instituto dependente do MAI, etc, etc...

Bem...olhando um pouco à volta, até compreendo...