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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estas e outras perguntas...

Sócrates comprometeu-se a apoiar Alegre nas presidenciais do próximo ano, em troca do apoio seu nas legislativas? Esse compromisso (a ter existido) será para manter?
Se o PS apoiar o poeta veremos Louça e Sócrates de mão dada gritando “Alegre! Alegre!”?
Não obstante a curtíssima memória dos portugueses, correria o PS o risco de se descaracterizar caso se confirme esta aliança com a esquerda radical?
No caso de apresentar um candidato próprio deverá o PS apresentar um nome forte ou arriscar-se a mais uma humilhação? José Sócrates tem mais a ganhar com Cavaco em Belém ou com um presidente socialista?


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Recados ao partido da oposição



Após a comunicação de ontem à noite, proferida por sua Excelência o Presidente da República, o Professor Doutro Cavaco Silva, somos levados a reconhecer que o moço de recados se arrisca a perder o emprego por extinção do posto de trabalho...

Muitas têm sido a vozes que se têm levantado contra o conteúdo da mensagem proferida pelo Presidente: que não esclareceu as dúvidas dos portugueses, que não respondeu a perguntas dos jornalistas, que deixa dúvidas no ar, que se contradisse, que bebeu um copo de água a meio do discurso, etc, etc.

Gostaria de fazer dois comentários em relação a estas acusações.

Em primeiro lugar e, ao contrário do que os mais ingénuos possam pensar, Cavaco Silva não falou para os portugueses nem para os jornalistas: falou quase exclusivamente para o PS. Com maior ou menor sucesso, tentou passar a mensagem de que não se deixa vencer facilmente e que o combate está a meio, ainda que desta vez tenha sido ele a ir ao tapete. Falou ainda para o PSD, tentando dizer que não é ele o principal responsável pela derrota nas legislativas como alguns opinam. Não sei se foi ou não, mas penso que este discurso e, tendo em conta as acusações feitas a José Sócrates, deveria ter sido feito durante a campanha eleitoral. Ou será que os portugueses só têm direito a saber que estão a ser manipulados pelo primeiro-ministro depois de o voltarem a eleger?

Em segundo e, para os que se queixam de Cavaco não ter esclarecido o que era necessário esclarecer, concordo com a queixa mas não com a surpresa. Se Cavaco fosse transparente, se manifestasse em público tudo o que pensa, provavelmente não seria Presidente (lembro a constante recusa de Cavaco, durante a campanha presidencial, em responder à questão da eventual promulgação de uma lei que liberalizasse o aborto).
Se imperasse a lógica do esclarecimento, José Sócrates nunca teria sido primeiro-ministro e, muito menos, reeleito. Entendo que muitos sofrem de memória selectiva pois não demonstram tal estupefacção quando assistem aos debates/comícios quinzenais de José Sócrates na Assembleia da República. Nem sequer se lembram dos debates televisivos de há escassas semanas ou das entrevistas aos órgãos de comunicação social (por exemplo a dada a Maria Flor Pedroso).

Consta que havia entre os candidatos a primeiro-ministro uma senhora que respondia ao que lhe perguntavam, que dizia o que pensava e que ousava dizer a verdade. Consta também que foi a única que foi enxovalhada em plena praça pública com a ajuda dos “cães” do costume. São os mesmos que vêm agora acusar Cavaco de não ter esclarecido tudo o que havia por esclarecer. Mas escolhemos o circo e é circo que vamos ter.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Brincar às famílias

O PS continua "alegre" e contente na sua senda das promessas eleitoralistas. Alías, dizem-nos que agora já não se chamam promessas, chamam-se objectivos, embora esteja claro para todos os portugueses que o único "objectivo" que têm (as promessas essas há várias ao dia, bendita crise) é o de vencer as próximas eleições legislativas e sobreviver (politicamente entenda-se) à época pós-balnear. É que o risco de irem ao banho e serem devorados pelas demais piranhas cor-se-rosinha é bem real...


E é tão real o perigo que o juízo se encontra já tolhido. Promessas de distribuir 200 euros por cada bébé daqui a 18 anos não têm sentido nem política, nem economica, nem socialmente; e nem sequer (e agora a parte importante da questão para o PS) eleitoralmente. É que já ninguém, mas mesmo ninguém acredita! Será que eles próprios acreditam?


E a famosa progressividade? Teria o governo de fazer uma estimativa do rendimento do agregado familiar daqui a 18 anos? Numa lógica determinista?


Lembro-me que há alguns Pedro Arroja falava na hipótese de os eleitores venderem o seu voto. A ideia foi felizmente muito criticada. Pelos vistos há quem os queira comprar.


Se o PS quer medidas que realmente apoiem a família deveria falar com, por exemplo, a Associação de Famílias Numerosas que, na voz de Ribeiro e Castro (não o do PP), já veio dizer que:

"o PS não percebe rigorosamente nada do que se está a passar"

"200 euros para uma conta não serve para rigorosamente nada"

"Na Europa, as famílias recebem em média cerca de 150 euros por mês por cada filho"

Ribeiro e Castro sugere ainda que o PS "pergunte a quem sabe". Ou seja, que pergunte a quem os tem.
Os filhos, entenda-se.



Mais sobre este tema aqui e aqui.

Boas notícias no título!

Tenho o hábito de ler o que se chama as letras gordas dos jornais, o que em muito contribui para a minha felicidade! Sempre que faço o contrário arrependo-me!
Li hoje a notícia do Diário Económico com o título "PS promete baixar taxas de IRS no programa eleitoral" e fiquei esperançado numa baixa de impostos! Infelizmente li o resto da notícia e apercebi-me de que afinal o que o PS pretende fazer é: "Esta alteração será feita por duas vias: redução das taxas e mudança das regras das deduções e benefícios fiscais, sem perda de receita fiscal".
Na realidade não se vai baixar os impostos mas, provavelmente, apenas complicar um pouco mais o nosso sistema fiscal. Penso que a complexidade do nosso sistema fiscal é, por si só, um dos problemas da nossa fiscalidade e que devia ser corrigido a bem da transparência e da justiça social.
Mas há sempre a possibilidade de continuar apenas a ler os títulos!

PS: Era bom que o PSD no seu programa eleitoral fosse claro relativamente aos impostos!

sábado, 25 de julho de 2009

Promiscuidade política

Promiscuidade. Eis o que o PS nos tem para oferecer.

Qual programa, quais promessas, qual quê! Para percebermos a "posição" de um partido basta olharmos para as suas listas. Saberemos assim a quem pretende agradar.

E que se percebe é que Sócrates, após o reconhemineto do erro, quer agora apostar na cultura. Ou será a cultura que aposta em Sócrates?

E que quer apostar nos "casamentos" gay, algo que não tinha sentido há umas semanas atrás, mas que já tem agora. Bem sei que a sociedade (já para não falar dos princípios) evolui rapidamente, mas assim tão rápido, confesso que me surpreende. Estranhos fenómenos estes...com certeza que Sócrates em vez das normais lentes progressivas, utilizará umas novas lentes, as "progressistas", que lhe permitem apanhá-los no ar.

Ficámos pois a saber que depois do Zé, depois de Roseta, agora é a vez de Miguel Vale de Almeida e Inês de Medeiros sucumbirem aos encantos deste sedutor PS. O mesmo não se pode dizer de Joana Amaral Dias que, por "motivos óbvios", resistiu ao apelo do "tacho "(um apelo aliás muito pouco progressista, diga-se de passagem...).

Esperemos para ver se Miguel Vale de Almeida, LBGT activista e, até há 3 anos atrás dirigente do Bloco de Esquerda, não terá apostado no cavalo errado...
Mas uma coisa é certa, o lugar de deputado ninguém lhe tira.


Quanto a esta estratégia do PS, de querer pescar votos à extrema esquerda, parece-me simplesmente errada.
Os magníficos assessores de Sócrates já deviam ter percebido que a pescaria para esses lados nunca será abundante. E muito menos milagrosa, por razões de consciência. À excepção de 2 ou 3 batráqueos, como se pode ver...
É que o principal problema do PS não é o de ter mais ou menos gays ou "intelectuais" nas suas listas. O problema do PS é precisamente José Sócrates e o sentimento que a generalidade da população nutre por ele. Simplesmente estão fartos! Não aguentam mais as mentiras, as fantasias, os tiques de arrogância!
Mas quanto a isso neste momento já não há nada a fazer.

Dá vontade de dizer que se o PSD esconde o programa, o PS devia esconder Sócrates!


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Política de mentira.

Como todas as mais recentes decisões do Partido Socialista, a de impedir a dupla candidatura às eleições autárquicas e legislativas, soa a falso. Soa a pura manobra política, na pior acepção da expressão. Não admira pois, que o partido se encontre extremamente dividido.

Se repararmos bem, as manobras socialistas nunca têm a sua origem em convicções ou no reconhecimento de erros "substanciais", mas estão sempre relacionadas com a forma, a imagem , o impacto na opinião pública e nas hipotéticas intenções de voto.

Foi assim com a PT. Depois da anedota que Sócrates contou aos portugueses de que não estava informado acerca da operação de aquisição de 30% da Media Capital (e do reconhecimento implícito da preocupação com a linha editorial seguida pela TVI), veio a justificação para a proibição da operação: "o governo não quer que haja a mínima suspeita". Ou seja, o que está em causa não é o interesse público, mas sim a imagem do governo!

O mesmo se passou com Pinho; o que esteve em causa não foi o seu desempenho desastroso à frente do Ministério da Economia (por vezes o ministro dava-se ao trabalho de "safar" (sic) uns quantos empregos), mas sim a sua imagem e a do governo.

Já para não falar do momento de comoção que Sócrates provocou no país com a sua patética entrevista a Ana Lourenço.

E o mesmo acontece agora com esta proibição de duplas candidaturas.

Algumas questões afloram à nossa mente a propósito de mais esta hipocrisia política:

- O que há de substancialmente diferente entre as europeias e legislativas que justifique a diferença de critério? A esta pergunta João Tiago Silveira, entretido a colar etiquetas no símbolo do PSD que tem no seu quarto, não responde.

- Se Ana Gomes e Elisa Ferreira não tivessem já garantido o seu tacho em Bruxelas, a decisão seria a mesma? Como reagiria Ana Gomes? Imagino que do mesmo modo que Leonor Coutinho que sabe agora, a meio do "jogo", que vai ficar sem o lugar no Parlamento e perder a Câmara de Cascais para Capucho...mas claro Leonor Coutinho não tem o mesmo peso de Ana Gomes...(e nem que sequer produz o mesmo sound-bite)

- como pode Elisa Ferreira afirmar que sente o apoio "suficiente" do PS à sua candidatura à Câmara Municipal do Porto? Suficiente? Não será com certeza suficiente para evitar uma derrota histórica do PS no Porto...ou mesmo para não ter de ouvir declarações das do género de Pedro Baptista, dirigente do PS/Porto, que diz que se trata da "vitória dos princípios. Esperemos que no Porto estas directivas sejam cumpridas".

Enfim, uma série de questões às quais o PS, apelará à Blue State Digital para que lhes dê resposta...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Contam com Castelo de Vide?

O PS quer que 90% das suas acções de campanha sejam realizadas por voluntários.

Perante este louvável desejo, tenho duas perguntas a fazer:

1ª A RTP, a LUSA e o Diário de Notícias contam para os 90% de voluntários ou para os 10% do aparelho?

2ª Os alunos da escola de Castelo de Vide como serão contabilizados?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Enganaram-se no convidado. Só pode.

Depois de ler o resumo da intervenção de Ben Self numa conferência promovida pelo PS no Parque das Nações, só posso concluir que terá havido algum erro de casting e o convidado era para ser outro, talvez algum presidente rosa de alguma câmara da Cova da Beira...

E isto porquê:

1º Ben Self (o nome do senhor não é propriamente um indício de humildade, diga-se de passagem...) é fundador da Blue State Digital, empresa contratada expressamente para levar o PS a uma humilhante derrota nas europeias.

2º o tal de Self faz afirmações do género: "a táctica pode mudar mas os princípios nunca". Devem-se ter esquecido de fazer o costumeiro briefing inicial e de explicar ao pobre do Ben para quem estava a falar.

3º Ben mostrou vários vídeos de cariz "privado" de Obama, num dos quais Barack explicava como conseguiu convencer Michelle a sairem juntos pela primeira vez. Para além de não ser tradição em Portugal e, por isso mesmo, não poder (ou não dever, recordo-me agora das reportagens da SIC sobre Menezes e Sócrates...) servir de exemplo, já estou a imaginar José Sócrates no seu novo tom "beeem, eu, liguei como costumo fazer, para um directorde um jornal e atende-me uma voz simpática do outro lado (...) e assim foi, acabei por aceitar dar-lhe um exclusivo."

Depois de Vital Moreira, mais uma vez, o PS acerta na mouche. O que lhes ainda vale é a tal "lufada de ar fresco" a que se referia a loira-inteligente no seu novo programa...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Pequeno Grande Estratega

António Vitorino será o coordenador do programa eleitoral do PS. Para grandes batalhas, pequenos grandes estrategas.

O PS continua a ser o favorito para vencer as próximas eleições à Assembleia da República. No entanto esse favoritismo está cada vez mais mitigado.
A estratégia passará por, como foi ontem concluído na reunião da Comissão Política, reforçar do “combate político” contra uma “direita neoliberal” e uma “esquerda demagógica e populista”, depois de reconhecer “eventuais erros”.

A batalha está mais difícil, já que os alvos a abater aparecem agora de ambos os lados, ao contrário do que se pensava há umas semanas, quando se acreditava que apenas a esquerda-radical poderia roubar a maioria absoluta ao PS. Aliás, já nem se fala em maioria absoluta, mas sim numa "maioria parlamentar que permita garantir condições para governar". Que maioria é essa não o sabemos. Suspeito que o partido socialista também não o saberá. Para já trata-se de ser realista e tentar vencer as eleições...depois logo se vê.

Outra peça da estratégia montada, mas que não passou para o grande público é, na minha opinião, a de desempenhar uma espécide de papel de underdog (digo uma espécie porque não corresponde bem exactamente ao conceito, já que o PS continua à frente nas sondagens), de quem vai em segundo lugar e não é considerado por alguns como favorito. Esta estratégia já se começou a aplicar quando Vitalino Canas acusou o PSD de estar a comportar-se como se já tivesse ganho as legislativas apenas por ter ficado á frente do PS nas europeias; Canas acusa o PSD de "arrogância", tentando assim colocar o PS e o Governo no papel de humildes cordeiros.

É uma estratégia mentirosa e falsa, mas não deixa de ser uma estratégia que exige do PSD e dos seus dirigentes a maior atenção (nomeadamente em entrevistas que obrigam vice-presidente a corrigir líderes parlamentares...). É que se é verdade que para governar é difícil encontrar pior do que o PS, o mesmo já não se pode dizer quanto a demagogia e manipulação da opinião pública...

PS - Só para ter uma ideia do real valor das europeias e de eventuais extrapolações: o partido vencedor obteve menos 500.000 votos do que nas últimas eleições legislativas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Como estás Companhero Zapatero?

Pois parece que o 'companhero' está bien, guapo y se recomienda. O Plan Zapatero, de 8.000 milhões de euros, vai de vento em popa. Asi gastan los alcaldes el dinero del plan de Zapatero é um artigo que, não sendo espanhol, só poderia ser português.

Sugiro que dêem "un vistazo" aos mais variados projectos de recuperação económica, nomeadamente os innestimentos em bares, pistas de scalextric, pombais ecológicos e escadas rolantes de 5,68 milhões de euros (mas com comando à distância).

E este extracto do artigo é fantástico: "De hecho, todas las obras del Gobierno tendrán que ir acompañadas de un gran cartel donde se especifique que los trabajos se financian gracias al Plan-E. Cada cartel cuesta 1.000 euros, así que sólo en cartelería, con los planes aprobados hasta la fecha, el gasto será de 7,3 millones. De multiplicarse por dos el número de trabajo, se llegará a 14,6 millones para que queden claras las bondades del Plan-E."

Viva a crise! Viva o binómio Criatividade/Subsídio! Viva Zapatero, Compañero!

Já agora, o que pensam dos projectos aprovados pelo Governo Português? São bons ou maus? São grandes ou pequenos? E onde estão a ser implementados? Estive em http://planderelance.fr/index.php, e gostaria de comparar com o nosso plano. Mas devo ter um problema qualquer na net porque não encontro o site nacional.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Alegre: Chapeaux!

Manuel Alegre além de poeta revela dotes de excelente estratega político. E também de ter um enorme descaramento!

Então não é que decide ficar fora das listas do PS ao Parlamento e ao mesmo tempo fica no PS. Duma assentada, consegue:

1. resguardar-se da actividade parlamentar não correndo o risco de tomar posições que desagradem ao centro que necessita para vencer as presidenciais.

2. o mesmo tipo de não-intervenção se aplica à extrema-esquerda; não lhes dará razões para o não apoiarem pois não serão dele os votos que permitirão fazer passar orçamentos ou algumas medidas ditas "liberais" ou "capitalistas" do PS.

3. Consegue que os seus apoiantes do MIC tenham uns lugarzitos de deputados, ficando em maior dívida para com ele (aliás se não fosse Alegre, nem deles ouviríamos falar).

4. Permite-lhe continuar a alimentar o drama, o romance (escrito aliás pelo seu próprio punho) e assim ir emitindo umas opiniões aqui e ali, quando mais lhe convier!

É de se lhe tirar o chapéu. Venha daí esse charuto!

terça-feira, 12 de maio de 2009

E o flirt consumou-se...

Eu tinha avisado que este seria um flirt perigoso...

Então não é que os magníficos deputados socialistas decidem aprovar na generalidade a absurda proposta do BE de "combate à corrupção", que vai em sentido contrário a outra aprovada pelo Conselho de Ministros no mesmíssimo dia...

A proposta do BE vai no sentido de criar mecanismos de informação obrigatória e periódica por parte da banca e a aprovada em Conselho de Ministros opta pelo alargamento dos motivos pelos quais o fisco pode aceder às contas bancárias.

Ao contrário do que afirma Paulo Pedroso, as duas propostas dificilmente serão conjugáveis porque seguem lógicas opostas ou, pelo menos, uma elimina a necessidade da outra! (Se o banco me informa das entradas, transferências e saldos, por que razão terei necessidade de lhe ir perguntar pelas entradas, transferências e saldos das contas? óbvio, não é?).

Razão tem o deputado socilista Victor Baptista, afastado da discussão das propostas na especialidade, quando afirma que "a bancada parlamentar socialista anda a reboque do Bloco de Esquerda". (Sim, eles já o reconhecem).

Está bonito este partido socialista, está...cabeças-de-lista às eleições europeias que defendem posições contrárias ao partido, candidatas que afirmam que o dinheiro do governo é dinheiro do PS, perigos de cisões internas que levam a ceder a chantagens de alegres "históricos"(por muito que Lello vocifere), candidatas-fantasma às europeias, suspeitas de corrupção do seu chefe, etc, etc.

Só faltava mesmo a colagem ao Bloco de Esquerda!
Uniões de facto como esta não interessam a ninguém pelo que, pelo menos, é agora mais óbvio qual o verdadeiro voto útil...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Quem precisa de Maizena, quem é?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A verdade por vezes é dura... desfaz ilusões.

Manuela Ferreira Leite afirmou numa recente entrevista a propósito das eleições europeias: «Se as perder, perdi-as, não é? Vou fazer por ganhar. Se as perder, perdi. Não tenho que consultar o partido. Não vejo nenhum líder consultar o partido se perder umas eleições. Não creio que o engenheiro Sócrates vá consultar o partido dele ou que o Paulo Portas vá consultar o partido dele. Portanto, essa pergunta ou bem que é generalizada a todos ou não há nenhum motivo para ser dirigida só a mim».

Em primeiro lugar, entendo uma certa frustração de alguns perante esta resposta. Esperariam outra abertura de MFL para uma saída de cena, onde eles próprios preencheriam o papel por ela abandonado.

No nosso país, o falar verdade conta pouco para grande parte dos eleitores. Para além disso, a percentagem dos que percebem se estão a ou a ser enganados é tristemente baixa.

Para além disso, tenho alguma dificuldade em compreender como se pode hesitar na escolha entre alguém com a preparação técnica, experiência governativa, modo de estar na vida política, sentido de estado e ética de Manuela Ferreira Leite, e José Sócrates: o da licenciatura ao Domingo, o do inglês técnico, da correspondência pessoal com cartões do Ministério do Ambiente, dos 150.000 empregos, dos processos aos jornalistas, do desrespeito pela Assembleia da República, dos relatórios da OCDE, do não afinal sim ao casamento homossexuais, da propaganda do Magalhães, de um sistema de informação dos tribunais gerido por um instituto dependente do MAI, etc, etc...

Bem...olhando um pouco à volta, até compreendo...

domingo, 26 de abril de 2009

BE e PS: o perigo do flirt acabar em união de facto


Há dias decidi ouvir uma entrevista concedida por Francisco Louça à Renascença. Sabia que não seria tarefa fácil; que poderia não aguentar até ao fim; que tal ousadia poder-me-ia sair cara e custar quiçá umas preciosas horas de sono. É que tanta demagogia concentrada em apenas meia hora pode deixar qualquer um fora de combate…
Mas decidi arriscar. E tive como aliada a tecnologia. As duas grandes vantagens dos podcasts são as de que podemos ouvir os programas que quisermos, quando e onde bem entendermos e também a de que não somos obrigados a ouvi-los duma só vez. Por isso, e doseando o esforço, lancei-me à aventura.
Com a sua conhecida pose de guardião da moral e bons costumes da nação, o grande defensor das liberdades, Louçã foi desferindo ataques a tudo e todos:

- “grande parte da burguesia, da elite económica portuguesa habituou-se ao favorecimento público. Belmiro de Azevedo foi o homem do regime durante algum tempo; habituou-se a viver com o favorecimento do palácio.”

- “A EDP e a GALP foram privatizadas ao deus-dará (a minúscula em deus trata-se de uma deferência para com Louçã); deveriam nacionalizadas”.

Pergunto: também acharão o mesmo os actuais accionistas da EDP?...Quem pagaria?

Quem ouvir Louçã falar pela primeira vez e não preste muita atenção ao conteúdo do seu discurso, ficará com certeza convencido de que está perante alguém que pauta a sua actuação pelo rigor, pela perícia técnica e política. Mas como bem sabemos, as aparências iludem e por detrás do defensor da moral pública, está um fervoroso trotkista e inimigo do mercado livre.

Aura que houvesse à sua volta, esta foi desfeita com a última proposta de lei recentemente aprovada pelo BE e PS na Assembleia de República relativa ao sigilo bancário. Com o suposto pretexto de combater a fraude fiscal, a produzirem-se as alterações propostas ao n.2 do art. 63ª da Lei Geral Tributária, o Fisco ficaria com um regime de acesso às informações bancárias muito mais restrito do o actual, em concreto no que diz respeito às empresas. Segundo alguns especialistas como, por exemplo, Marcelo Castro, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, tal norma “é contraditória com o que é dito no seu preâmbulo”; segundo António Carlos Santos, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, “a proposta do novo artigo 63-B nem sequer mantém o acesso directo a documentos bancários de empresas hoje previsto no n.º 2 do 63-B da Lei Geral Tributária (LGT) ou o levantamento do sigilo por crimes praticados relativamente a outros impostos, hoje consagrado no n.1 do mesmo artigo. Tudo isto é feito com enorme falta de rigor.”

Mas mais do que a queda do mito do rigor, da preparação técnica de Francisco Louçã, o que mais nos assusta é a perspectiva cada vez mais real (evidenciada pelo piscar de olhos do PS ao aprovar a proposta do BE) que o actual flirt dê origem a uma união de facto após as legislativas deste ano…

terça-feira, 21 de abril de 2009

Jorge Miranda: um joguete?

Na minha humilde opinião (fica sempre bem começar assim, mesmo que de humilde tenha pouco...), o PS não quer Jorge Miranda como Provedor de Justiça.

O PS sabe que o PSD não votará a favor.

Sabe que o BE, PCP e PP não votarão a favor (aliás irão apresentar outros nomes para o cargo...).

Sabe que não lhe interessa ter como Provedor Jorge Miranda, que se trata de uma pessoa com sentido-comum e honesto. Daí a incompatibilidade. Ah, e para além disso também discorda do PS em alguns assuntos fundamentais.

O PS sabe disso, mas também sabe que precisa de lenha para a fogueira da sua estratégia de imolação pública. Pode é sair-lhe o tiro pela colatra e os bombeiros não chegarem a tempo...

Só não percebo como Jorge Miranda se presta a estas jogadas.