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terça-feira, 22 de setembro de 2009

O aluno de Marcelo

O Festival da Canção já la vai. Mas Vitorino, na televisão do governo do seu partido, dá-nos música. E diz-nos que "é impensável que possa haver há 18 meses neste país um clima de suspeição". Pois é. Antes fosse.

Mas vamos por partes.

Em primeiro lugar, querer atribuir ao Presidente da República uma acção supostamente levada a cabo por um assessor da presidencia é o mesmo que dizer que foi Sócrates quem pôs os cornos à bancada comunista.

Depois, não consegue deixar de se comportar como responsável pela campanha eleitoral do PS e ainda lança o seguinte recado:

"o pior que se podia fazer para matar esta questão era tentar encontrar ganhos políticos de um episódio funesto, lamentável e em relação ao qual tudo deve ser completamente esclarecido"

Cada vez estou mais de acordo com os que afirmam que a televisão que se encontra sob a alçada de Santos Silva, só serve para fazer fretes aos partidos que se encontram no governo.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Pequeno Grande Estratega

António Vitorino será o coordenador do programa eleitoral do PS. Para grandes batalhas, pequenos grandes estrategas.

O PS continua a ser o favorito para vencer as próximas eleições à Assembleia da República. No entanto esse favoritismo está cada vez mais mitigado.
A estratégia passará por, como foi ontem concluído na reunião da Comissão Política, reforçar do “combate político” contra uma “direita neoliberal” e uma “esquerda demagógica e populista”, depois de reconhecer “eventuais erros”.

A batalha está mais difícil, já que os alvos a abater aparecem agora de ambos os lados, ao contrário do que se pensava há umas semanas, quando se acreditava que apenas a esquerda-radical poderia roubar a maioria absoluta ao PS. Aliás, já nem se fala em maioria absoluta, mas sim numa "maioria parlamentar que permita garantir condições para governar". Que maioria é essa não o sabemos. Suspeito que o partido socialista também não o saberá. Para já trata-se de ser realista e tentar vencer as eleições...depois logo se vê.

Outra peça da estratégia montada, mas que não passou para o grande público é, na minha opinião, a de desempenhar uma espécide de papel de underdog (digo uma espécie porque não corresponde bem exactamente ao conceito, já que o PS continua à frente nas sondagens), de quem vai em segundo lugar e não é considerado por alguns como favorito. Esta estratégia já se começou a aplicar quando Vitalino Canas acusou o PSD de estar a comportar-se como se já tivesse ganho as legislativas apenas por ter ficado á frente do PS nas europeias; Canas acusa o PSD de "arrogância", tentando assim colocar o PS e o Governo no papel de humildes cordeiros.

É uma estratégia mentirosa e falsa, mas não deixa de ser uma estratégia que exige do PSD e dos seus dirigentes a maior atenção (nomeadamente em entrevistas que obrigam vice-presidente a corrigir líderes parlamentares...). É que se é verdade que para governar é difícil encontrar pior do que o PS, o mesmo já não se pode dizer quanto a demagogia e manipulação da opinião pública...

PS - Só para ter uma ideia do real valor das europeias e de eventuais extrapolações: o partido vencedor obteve menos 500.000 votos do que nas últimas eleições legislativas.