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sábado, 25 de julho de 2009

Promiscuidade política

Promiscuidade. Eis o que o PS nos tem para oferecer.

Qual programa, quais promessas, qual quê! Para percebermos a "posição" de um partido basta olharmos para as suas listas. Saberemos assim a quem pretende agradar.

E que se percebe é que Sócrates, após o reconhemineto do erro, quer agora apostar na cultura. Ou será a cultura que aposta em Sócrates?

E que quer apostar nos "casamentos" gay, algo que não tinha sentido há umas semanas atrás, mas que já tem agora. Bem sei que a sociedade (já para não falar dos princípios) evolui rapidamente, mas assim tão rápido, confesso que me surpreende. Estranhos fenómenos estes...com certeza que Sócrates em vez das normais lentes progressivas, utilizará umas novas lentes, as "progressistas", que lhe permitem apanhá-los no ar.

Ficámos pois a saber que depois do Zé, depois de Roseta, agora é a vez de Miguel Vale de Almeida e Inês de Medeiros sucumbirem aos encantos deste sedutor PS. O mesmo não se pode dizer de Joana Amaral Dias que, por "motivos óbvios", resistiu ao apelo do "tacho "(um apelo aliás muito pouco progressista, diga-se de passagem...).

Esperemos para ver se Miguel Vale de Almeida, LBGT activista e, até há 3 anos atrás dirigente do Bloco de Esquerda, não terá apostado no cavalo errado...
Mas uma coisa é certa, o lugar de deputado ninguém lhe tira.


Quanto a esta estratégia do PS, de querer pescar votos à extrema esquerda, parece-me simplesmente errada.
Os magníficos assessores de Sócrates já deviam ter percebido que a pescaria para esses lados nunca será abundante. E muito menos milagrosa, por razões de consciência. À excepção de 2 ou 3 batráqueos, como se pode ver...
É que o principal problema do PS não é o de ter mais ou menos gays ou "intelectuais" nas suas listas. O problema do PS é precisamente José Sócrates e o sentimento que a generalidade da população nutre por ele. Simplesmente estão fartos! Não aguentam mais as mentiras, as fantasias, os tiques de arrogância!
Mas quanto a isso neste momento já não há nada a fazer.

Dá vontade de dizer que se o PSD esconde o programa, o PS devia esconder Sócrates!


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Horror do Vazio

Mais uma vez, tomamos a liberdade de transcrever um excelente artigo de Mário Crespo.

Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido.
Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia. Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado. Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã. E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos