quarta-feira, 29 de julho de 2009

Brincar às famílias

O PS continua "alegre" e contente na sua senda das promessas eleitoralistas. Alías, dizem-nos que agora já não se chamam promessas, chamam-se objectivos, embora esteja claro para todos os portugueses que o único "objectivo" que têm (as promessas essas há várias ao dia, bendita crise) é o de vencer as próximas eleições legislativas e sobreviver (politicamente entenda-se) à época pós-balnear. É que o risco de irem ao banho e serem devorados pelas demais piranhas cor-se-rosinha é bem real...


E é tão real o perigo que o juízo se encontra já tolhido. Promessas de distribuir 200 euros por cada bébé daqui a 18 anos não têm sentido nem política, nem economica, nem socialmente; e nem sequer (e agora a parte importante da questão para o PS) eleitoralmente. É que já ninguém, mas mesmo ninguém acredita! Será que eles próprios acreditam?


E a famosa progressividade? Teria o governo de fazer uma estimativa do rendimento do agregado familiar daqui a 18 anos? Numa lógica determinista?


Lembro-me que há alguns Pedro Arroja falava na hipótese de os eleitores venderem o seu voto. A ideia foi felizmente muito criticada. Pelos vistos há quem os queira comprar.


Se o PS quer medidas que realmente apoiem a família deveria falar com, por exemplo, a Associação de Famílias Numerosas que, na voz de Ribeiro e Castro (não o do PP), já veio dizer que:

"o PS não percebe rigorosamente nada do que se está a passar"

"200 euros para uma conta não serve para rigorosamente nada"

"Na Europa, as famílias recebem em média cerca de 150 euros por mês por cada filho"

Ribeiro e Castro sugere ainda que o PS "pergunte a quem sabe". Ou seja, que pergunte a quem os tem.
Os filhos, entenda-se.



Mais sobre este tema aqui e aqui.

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