segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fiscalidade: a arte de depenar o ganso de modo a obter o máximo de penas, com o mínimo possível de grasnidos

A frase é atribuída ao famoso ministro das Finanças de Luís XIV, Colbert. Consta que trabalhou como banqueiro em Santarém e com o pai do Luis de Camões, pelo que não é de estranhar ter tão fieis seguidores em Portugal.

De acordo com o Eurostat, Portugal passou de uma receita fiscal de 34,3% do PIB em 2000 para 36,8% do PIB em 2007.

Já na Europa a 27 a evolução foi, no mesmo período, de 40.6 para 39.8. Os impostos sobre o trabalho sobem 3 pontos percentuais.

Para além do aumento da carga fiscal, as explicações também poderiam residir em factores como a melhoria da eficiência fiscal e a redução da fraude e evasão fiscal. Poderiam, não é? Mas de facto devem-se a isso? Então porque é que é de 2006 para 2007 (é só ver o quadro) existe um brutal agravamento dos impostos sobre o trabalho e o capital? A eficiência apareceu de rompante em 2007?

3 comentários:

  1. Imagino que Manuela Ferreira Leite e Paulo Macedo tenham alguma coisa a ver com a eficácia fiscal. A não ser que Silveira discorde, claro...

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  2. Silveira é um profissional. Dirá exactamente o que entende ser necessário, no momento que entende ser o próprio. Os seus comentários são precedidos de rigorosos estudos de opinião e precisas simulações de impactos ao nível do eleitorado. Silveira é o vendedor nato. É o novo "ponta de lança" estrangeiro do plantel socialista. E, como tal, tudo fará para justificar a sua contratação e, eventualmente, preparar a transferência para um qualquer campeonato europeu de nomeada.

    Sempre é uma estratégia de Sócrates mais sóbria que a proposta pelo Berlusconi, que envolvia "jovens políticas" com atributos dificilmente contestáveis...

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