Os maus resultados nos exames nacionais de Matemática deveram-se:
a) À instituída falta de exigência e de qualidade no ensino;
b) À difusão, pela comunicação social, da ideia de que os exames eram fáceis;
c) Às alterações climáticas associadas à chegada da Gripe A.
Apesar das compreensíveis dúvidas, a resposta certa é a b). A Senhora Ministra da Educação dixit.
Mas, caro leitor, não desespere caso tenha respondido c). Ontem mesmo, o Secretário de Estado Valter Lemos atribuía igualmente as culpas à Sociedade Portuguesa de Matemática e a partidos e pessoas com responsabilidades políticas...
Como se alguém sentisse a tentação de imputar responsabilidades ao Ministério da Educação! Como se fosse possível responsabilizar os irresponsáveis...
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ResponderEliminarPois é Carlos...
ResponderEliminarinverosímil, mas verdadeiro...
A média do exame nacional de Matemática A, 12.º ano, desceu de 12,5 para 10 valores, tendo mais do que duplicado a taxa de reprovação à disciplina [...] Para a tutela este resultado traduz “menos investimento, menos trabalho e menos estudo” do lado dos alunos, na sequência da “difusão da ideia que os exames eram fáceis” por parte da comunicação social.
ResponderEliminarOu seja, para a Ministra da (Des)Educação, os resultados bons devem-se ao aumento de capacidade dos alunos, e não ao facilitismo verificado em várias provas. No mesmo ano, com os mesmos alunos, quando os resultados são maus, a culpa volta a ser dos alunos, da sua incapacidade.
Em nenhuma das situações, Maria de Lurdes Rodrigues tem qualquer responsabilidade. Sendo assim, mais 3 pontos para a Ministra na Superliga "incompetente-mor".
Vamos lá analisar mais um "alegado" cenário improvável, em passos simples:
ResponderEliminarPressupostos
1- O Governo não percebe nada de Educação, mas domina a arte da comunicação
2- Os alunos conhecem bem os princípios da "Lei do Menor Esforço"
3- Os alunos também conhecem o dito popular «Quanto mais se abaixa, mais o rabo lhe aparece», aplicável ao universo em análise, especialmente em ano de eleições
Cenário "Improvável":
1 - O Governo esforçou-se para facilitar, mas ainda assim surpreendeu-se com a falta de eficácia do "facilitismo"
2 - Aproveita o facto para "demonstrar" que afinal os exames não são fáceis, embora não sejam difíceis, o que, ao fim e ao cabo não importa porque a culpa é da comunicação social, ou dos alunos, ou do "sistema", deixando "a opinião pública"/eleitores satisfeitos.
3 - Na segunda fase, e sem o impacto mediático da primeira, resolve o problema "facilitando" ainda mais, deixando os pais/eleitores satisfeitos
A ver vamos o que acontece...