quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Não há dinheiro mas há palhaços *


Na Grécia, sinaliza-se uma ruptura financeira. Na Irlanda, radicalizam-se cortes na despesa. Em Espanha, gere-se pressão na dívida. Em Portugal, deputados insultam-se. Palhaços.

A abstenção em Portugal, afinal, não é alta: começa a ser uma generosidade votar nesta gente. Será que não têm noção do que são, de onde estão, do que representam, do que se propuseram, do que esperamos e exigimos deles?

A cena entre Ricardo Gonçalves e Maria José Nogueira Pinto presta-se a... presta-se a... Bom, a cena não presta. E só vale a pena falar disso porque os eleitores não podem resignar-se a um Parlamento onde os degraus só servem para descer. Batamos, pois, mais no ceguinho para que não se torne normal líderes dos maiores partidos chamarem-se de mentirosos, ministros a fazerem cornos, primeiros-ministros a recomendar juizinho, deputados a dizerem canalhadas, comissões parlamentares com palhaço para aqui, vendida para ali. A Assembleia da República não é uma escolinha de betinhos e fedelhos, é a casa da Democracia. A casa, a cozinha, a garagem e o bidé da Democracia. (...)

* Pedro Santos Guerreiro no Editorial do Jornal de Negócios de hoje. Ler o resto do artigo aqui

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