“PROCURA-SE: PRETEXTO PARA ELEIÇÕES ANTECIPADAS”.
O PS andava desesperado e inclina-se agora para preencher a vaga do Pretexto com o primeiro bom candidato que apareceu: o caso Freeport.
O Pretexto parece ser de narrativa simples: 1) um Primeiro Ministro imaculado (que não virginal) diz-se ofendido na sua honra pela associação a um caso de alegado favorecimento; 2) envolto num clima de suspeição, invoca falta de condições para continuar a chefiar o Governo; 3) demite-se, provocando eleições antecipadas e devolvendo o mandato aos cidadãos; 4) recandidata-se (com ou sem vaga de fundo), fazendo equivaler uma maioria absoluta a um voto de confiança e à reposição da sua honra.
As fragilidades são, porém, tão simples como a narrativa: 1) as eleições resolvem questões políticas mas não judiciais; 2) o acto eleitoral não terá a virtualidade de fazer cessar a investigação policial e o clima de suspeição; 3) enquanto não for dada por concluída tal investigação, a falta de condições do actual Primeiro Ministro permanece inalterada na pretendida veste de candidato a futuro Primeiro Ministro; 4) converter eleições antecipadas em “Tribunais Populares” torna cada vez mais real a irónica necessidade de suspender a democracia por seis meses…
Ou será que a exigida demissão do Dr. Dias Loureiro do Conselho de Estado também previa a hipótese da sua recandidatura?
O Pretexto parece ser de narrativa simples: 1) um Primeiro Ministro imaculado (que não virginal) diz-se ofendido na sua honra pela associação a um caso de alegado favorecimento; 2) envolto num clima de suspeição, invoca falta de condições para continuar a chefiar o Governo; 3) demite-se, provocando eleições antecipadas e devolvendo o mandato aos cidadãos; 4) recandidata-se (com ou sem vaga de fundo), fazendo equivaler uma maioria absoluta a um voto de confiança e à reposição da sua honra.
As fragilidades são, porém, tão simples como a narrativa: 1) as eleições resolvem questões políticas mas não judiciais; 2) o acto eleitoral não terá a virtualidade de fazer cessar a investigação policial e o clima de suspeição; 3) enquanto não for dada por concluída tal investigação, a falta de condições do actual Primeiro Ministro permanece inalterada na pretendida veste de candidato a futuro Primeiro Ministro; 4) converter eleições antecipadas em “Tribunais Populares” torna cada vez mais real a irónica necessidade de suspender a democracia por seis meses…
Ou será que a exigida demissão do Dr. Dias Loureiro do Conselho de Estado também previa a hipótese da sua recandidatura?
Se me permitires, vou discordar da tua afirmação. Quanto mais não seja para tentar animar isto. Desde quando é que um Primeiro Ministro precisa de "Pretexto" para se pôr a andar? Se assim fosse, o Guterres teria que invocar a "miséria a que o país tinha chegado", ou o Durão "o emprego melhor que arranjei, ainda por cima fora daqui".
ResponderEliminarDois em cada dois dos ex - Primeiros Ministros portugueses do século XXI simplesmente "puseram-se a andar". E dizem que não há dois sem três..
Meu Caro Paulo, realmente se o PM se desse ao respeito não devia procurar pretextos.
ResponderEliminarA questão é que este PM, ao contrário dos dois que lhe antecederam, não quer só um pretexto para a saída, quer, sobretudo, um pretexto para o regresso.
E, desagradavelmente, a Procuradoria Geral está agora a tentar arruinar com o dito pretexto...