Na noite passada tive o prazer de assistir a uma lição do Dr. Luís Portela, que se juntou a mais uma iniciativa do Grupo da Boavista. As expectativas, já de si elevadas, foram ultrapassadas.
De tudo o que nos foi transmitido ficaram-me na memória dois aspectos que considero especialmente relevantes:
1º A ultrapassagem da Europa pelos Estados Unidos em matéria de montante dispendido em I&D, maior número de novos medicamentos e maior quota de mercado mundial. A liderança dos Estados Unidos, consumada em 1996 é fruto (em grande parte) da existência de um mercado liberalizado de medicamentos e da capacidade de transferência de conhecimento entre universidades e empresas farmacêuticas.
2º o papel dos genéricos: se é verdade que estes são apresentados pela propaganda como uma forma de permitir o acesso mais barato aos medicamentos por parte da população, também é verdade que o Estado é parte (muito) interessada, não fosse o consumo de medicamentos subsidiado em mais de 70%. Ou seja, o fomento da prescrição de genéricos tem como principal beneficiário o próprio Estado que é o responsável por essa promoção - é “A” parte interessada (como é óbvio esta poupança para os cofres estatais não tem nada de errado, pelo contrário). Um dos efeitos colaterais do aumento da quota de mercado dos genéricos é o da diminuição das receitas das farmacêuticas que disporão assim de menos verbas para I&D, o que levará necessariamente a menos inovação e a menos qualidade dos medicamentos. Eis o dilema…
Em relação ao Dr. Luis Portela fica a imagem de um médico/empresário ambicioso, extremante trabalhador, competente e que não teve medo de aos 27 anos pegar numa empresa familiar "ligeiramente no vermelho" (sic) e aumentar todos os funcionários 10%; no ano seguinte a facturação duplica e os aumentos variam entre os 0% e os 30%. Repito: uma verdadeira lição!
Adenda: nem de propósito, "vários centros de pesquisa em Portugal encerraram por dificuldades externas e internas"
De tudo o que nos foi transmitido ficaram-me na memória dois aspectos que considero especialmente relevantes:
1º A ultrapassagem da Europa pelos Estados Unidos em matéria de montante dispendido em I&D, maior número de novos medicamentos e maior quota de mercado mundial. A liderança dos Estados Unidos, consumada em 1996 é fruto (em grande parte) da existência de um mercado liberalizado de medicamentos e da capacidade de transferência de conhecimento entre universidades e empresas farmacêuticas.
2º o papel dos genéricos: se é verdade que estes são apresentados pela propaganda como uma forma de permitir o acesso mais barato aos medicamentos por parte da população, também é verdade que o Estado é parte (muito) interessada, não fosse o consumo de medicamentos subsidiado em mais de 70%. Ou seja, o fomento da prescrição de genéricos tem como principal beneficiário o próprio Estado que é o responsável por essa promoção - é “A” parte interessada (como é óbvio esta poupança para os cofres estatais não tem nada de errado, pelo contrário). Um dos efeitos colaterais do aumento da quota de mercado dos genéricos é o da diminuição das receitas das farmacêuticas que disporão assim de menos verbas para I&D, o que levará necessariamente a menos inovação e a menos qualidade dos medicamentos. Eis o dilema…
Em relação ao Dr. Luis Portela fica a imagem de um médico/empresário ambicioso, extremante trabalhador, competente e que não teve medo de aos 27 anos pegar numa empresa familiar "ligeiramente no vermelho" (sic) e aumentar todos os funcionários 10%; no ano seguinte a facturação duplica e os aumentos variam entre os 0% e os 30%. Repito: uma verdadeira lição!
Adenda: nem de propósito, "vários centros de pesquisa em Portugal encerraram por dificuldades externas e internas"
Sem comentários:
Enviar um comentário