terça-feira, 27 de outubro de 2009

As prioridades de José Sócrates

Ficámos a saber que é "no crescimento económico e no emprego" que José Sócrates concentrará o essencial das suas energias. Em 2005 a conversa era a mesma e foi o que se viu...

Mas ainda bem que assim é. De facto, algumas mentes mais reaccionárias poderiam estar à espera que Sócrates fosse concentrar as suas energias em provocações inúteis ao Presidente da República, em ataques à liberdade de imprensa, em anúncios quinzenais no parlamento de medidas não susceptíveis de serem postas em prática, em citar relatórios da OCDE, em trocar ministros que pretendam desenvolver reformas polémicas, em vestir a pele de cordeirinho, em desviar as atenções de Pedro Silva Pereira e do Freeport ou da Cova da Beira, em controlar os tribunais e os sistemas de informação ou em vitimizar-se com a oposição para desviar os olhares da sua miséria de visão que possui para o país. Mas com estas bonitas palavras e a escolha de Santos Silva e Alberto Martins para o ministério da Defesa e da Justiça, tal coisa não nos passa pela cabeça!

Sócrates empenhar-se-á naquilo que todos sabemos que depende muito mais do contexto internacional do que da acção do governo. O que também nos deixa mais descansados...

2 comentários:

  1. As prioridades de José Sócrates fazem lembrar as "escolhas de Marcelo" (no que se refere à Presidência do PSD). Ambas partem do pensamento: "deixa-me estar quieto para ver o que isto dá"...

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  2. Foi com muito agrado que vi Luis Filipe Menezes “estender a mão” a Rui Rio, no discurso de vitória das autárquicas. Esta é uma atitude de louvar por parte de um Menezes que – quando não se deslumbra com o mediatismo – sabe soltar o que de melhor há em si: humildade, inteligência e amor pelo norte.

    Esta união entre as duas câmaras (que se faz através de grupos de trabalho nas mais variadas áreas, lideradas pelos vereadores) é muito importante para combater o centralismo do Governo de José Sócrates que abandonou desde 2005 a região norte, que entretanto foi a mais fustigada pela crise.

    Além disso é muito importante lutar por dossiês fundamentais como a nova travessia do Douro, a ponte pedonal a ligar as zonas ribeirinhas ou as linhas do metro do Campo Alegre e Vila d’Este.

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