sábado, 27 de fevereiro de 2010

O eu global ...

Tenho defendido, conjuntamente com outras pessoas, que um bom espelho da actual situação (nacional e mundial) pode ser encontrado no “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde. Os traços da falta de decência e de decoro que sobressaem do enredo de tal romance, caracterizador da sociedade vitoriana, são também aqueles que perpassam o actual momento da nossa sociedade.
Mas num mundo actual em que a pessoa humana adquire um poder de comunicação até agora inexistente, a situação toma uma outra gravidade potencial, quando o “indivíduo” ganha a capacidade de se tornar “global”. E ganha, concomitantemente, a capacidade de pretender projectar globalmente, naquilo que é superficialidade, os seus traços individuais e que quase, erradamente, se aparentam como sendo traços representativos de outros.

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