A instalada elite do PSD entendeu fabricar um candidato. Contra a sua vontade, contra as suas promessas e exclusivamente contra um outro candidato que já se encontrava no terreno, lá apareceu Paulo Rangel.
O candidato daqueles que entendem o PSD como de sucessão dinástica tinha de apresentar uma série de características únicas: mostrar experiência, sem demonstrar como e onde; exibir a sua pequena vitória, mas distanciar-se das derrotas do partido; assumir-se como o estratega dos tempos mais recentes, mas romper com o ferreirismo.
Agigantaram Rangel, mas o registo ilógico que lhe impuseram devolveu-o à sua verdadeira dimensão. Finalmente, reconhecem tais elites que não têm um grande produto: uns querem agora atirá-lo ao Mar(celo), outros bastam-se com lançá-lo ao Rio.
Para desespero de Rangel, passaram a considerá-lo uma escolha de segunda, talvez mesmo de terceira. Para desespero das elites, vão ter de aguentar Rangel até ao fim e de aprender a viver sorridentemente com isso.
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