Em passeios pela neve abordamos o tema comum, a “crise”. O diplomata grego disse-me que na Grécia já se estava a sentir verdadeiramente a “crise” e já lhe tinham reduzido substancialmente o seu ordenado, na componente variável de ajudas de custo, ou seja, já “lhe tido ido ao bolso”... O engenheiro alemão, apesar de não sentir a “crise” tão directamente, já a antecipava, referindo que no seu orçamento familiar já estava prevista a redução de rendimentos em pelo menos 20%, controlando os custos e o endividamento futuro.
Entre o grego, que já sofre directamente a "crise", (e não estamos a falar apenas dos desempregados, mas de toda a população, onde se integram os “empregados”), e o alemão que já a antecipa, onde fica o português?
Será que a população portuguesa, governantes e governados, já tem consciência da dimensão da “crise”?
E se existe, a “crise” é conjuntural passageira ou estrutural?
O engenheiro alemão desenvolve, num dos centros de tecnologia automóvel da Alemanha, os modelos dos futuros automóveis, especialmente para o mercado chinês e indiano (incluindo o Tata Nano). O que me impressiona na consciência e pragmatimo dos alemães, é estes reconhecerem que estão a transmitir abertamente o know-how tecnológico à China e que será inevitável um “emagrecimento” dos seus rendimentos, para os quais já se estão a preparar. E concerteza que já estarão a planear cuidadosamente um novo "renascimento" alemão.
Ou seja, mais do que explicações conjunturais passageiras para se desculparem e esperarem passivamente a retoma (wishful thinking), os alemães já sabem que a "crise" mais importante é a estrutural, pela inexorabilidade da globalização.
O que me preocupa especialmente neste momento é se os nossos governantes e os governados têm consciência real da "crise" estrutural e estão preparados para tomar as duras medidas da reforma.
O primeiro passo da recuperação de um toxicodependente ou alcoólico é a ACEITAÇÃO da sua realidade. O segundo passo é a VONTADE de agir, mesmo que no início lhe seja muito difícil.
E se existe, a “crise” é conjuntural passageira ou estrutural?
O engenheiro alemão desenvolve, num dos centros de tecnologia automóvel da Alemanha, os modelos dos futuros automóveis, especialmente para o mercado chinês e indiano (incluindo o Tata Nano). O que me impressiona na consciência e pragmatimo dos alemães, é estes reconhecerem que estão a transmitir abertamente o know-how tecnológico à China e que será inevitável um “emagrecimento” dos seus rendimentos, para os quais já se estão a preparar. E concerteza que já estarão a planear cuidadosamente um novo "renascimento" alemão.
Ou seja, mais do que explicações conjunturais passageiras para se desculparem e esperarem passivamente a retoma (wishful thinking), os alemães já sabem que a "crise" mais importante é a estrutural, pela inexorabilidade da globalização.
O que me preocupa especialmente neste momento é se os nossos governantes e os governados têm consciência real da "crise" estrutural e estão preparados para tomar as duras medidas da reforma.
O primeiro passo da recuperação de um toxicodependente ou alcoólico é a ACEITAÇÃO da sua realidade. O segundo passo é a VONTADE de agir, mesmo que no início lhe seja muito difícil.
Acredito que é nos momentos de maior crise, que se dão as maiores transformações.
Assim tem acontecido na história.
É nesses momentos que surge uma nova geração de líderes e a população se prepara para a mudança.*
* caso contrário "vamo-nos ver gregos”...
Já leu sobre Ciclos de Kondratieff e o momento do Ciclo em que nos encontramos?
ResponderEliminarSugiro a este propósito:
http://www.howestreet.com/articles_as_pdf/2010Feb022246Winter%20V14%20I1.pdf