sábado, 14 de fevereiro de 2009

O Efeito Dominó


A Administração Bush deixou cair o Lehman Brothers, sem se aperceber que estava a deitar abaixo uma peça de um dominó. Foi um dos momentos-chave da crise.
O Ministro das Finanças austríaco disse, esta semana, que os países europeus não podem deixar cair a Ucrânia, porque uma catástrofe política ou económica neste país originaria um "efeito dominó" nos outros países europeus.
A Ucrânia (tal como dois países da União Europeia, a Hungria e a Letónia) já recebeu um empréstimo do FMI, e está a tentar encontrar mais 5 biliões de dólares.
A crise é mais grave do que se esperava - "Data show recession deeper than feared". Mas a falta de meios originada pela crise não deve impedir os países europeus de actuar, para impedir que Estados entrem em convulsão.

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3 comentários:

  1. Caro Jorge,
    De facto, deixar cair o Lehman não terá sido apenas um dos momentos-chave, mas sim o momento-chave. Qual o valor mais importante no funcionamento dos mercados financeiros? Confiança.
    Qual o momento em que esta foi mais abalada? Chapter 11 do Lehman.

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  2. As observações do Jorge são cirúrgicas. Mas será que podemos extrapolar para o caso português? Qual terá sido a imperiosa necessidade de segurar o BPN ou o Banco Privado, sem conhecer o exacto montante da "factura final" a pagar?

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  3. O caso BPN e BPP tem, de certa maneira, algum paralelismo se pensarmos que, no momento em que aquelas situações ocorreram seria impensável deixar cair qualquer instituição financeira. Os custos seriam incalculáveis. No entanto, há que perceber se houve falha "grave e prolongada" da regulação que levou a que estes assuntos surgissem na pior altura possível. Por outro lado, e no caso concreto do BPN, é preciso saber se não haveria outra forma menos onerosa de resolver o problema, nomeadamente apoiando o plano de recuperação que estaria a ser previsto.

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