sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Congresso -1


Pela inspiração da blogosfera e seguindo a velha máxima de que "nada se cria, tudo se copia" - que alguns dias é unicamente sinónimo de preguiça - , tomamos a liberdade de transcrever João Gonçalves no seu Portugal dos Pequeninos:

Começa, cheio de holofotes como numa produção La Féria, o congresso albanês do PS em Espinho. O evento existe para as televisões e as televisões, certamente, não se farão rogadas. Também tem, à boa maneira daqueles congressos unanimistas caídos em desgraça depois de 1989, uma "comissão de honra" onde os jarrões da casa têm assento. De resto, são mil e setecentos delegados afectos ao querido líder e vinte e duas almas penadas eleitas porventura por engano. Este bando de dependentes anseia naturalmente por qualquer coisa em ano com três eleições e está lá apenas para aplaudir a sessão contínua de propaganda que se anuncia. Com as duas ou três vozes livres e independentes que subsistem fora de cena - umas por cá, outras enviadas para fora - o congresso é uma metáfora circense destinada a bajular Sócrates. Mesmo as "novidades" - cabeça de lista para as europeias e talvez uma "medida" daquelas que são depois repetidas dentro de tendas até à exaustão - não interessam nada. Para já, a coisa começou muito bem com o inevitável Santos Silva, o perigoso patrulheiro em serviço permanente, a criticar a dra. Ferreira Leite por ter dito que não é muito curial o primeiro-ministro ausentar-se de uma cimeira da UE, no domingo, para presidir à sessão dos balões, dita de encerramento das festividades. Sobretudo depois de o MNE Amado, há dias, se ter mostrado indignado por causa de uma reunião da UE em petit comité, entre os seis "grandes", ignorando países extraordinários como, por exemplo, Portugal. Mas, dizem as "sondagens", o rebanho aprecia ser pastoreado por esta gente. Eu não. Bom proveito.

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