Num artigo publicado no Público de ontem, Lurdes Ferreira alerta, a propósito da falência da Qimonda e da perda de cerca de 1800 postos de trabalho em Vila do Conde, para a ilusão que pode advir da aposta em tecnologias de ponta, nos produtos de elevado conteúdo tecnológico.
Ironia das ironias, a aposta em mão de obra qualificada, a tentativa de acrescentar valor através da diferenciação pela qualidade, acabou por se tornar numa das principais razões que conduziram a Qimonda à falência.
Na sua análise, Lurdes Ferreira afirma que "não há volta a dar ao cerne do problema - por mais produtiva que seja, a unidade portuguesa nunca conseguirá vender a preços chineses". As mais recentes notícias acerca da Qimonda deitam por terra alguns mitos e discursos balofos dos nossos políticos..."as empresas líder", "a aposta na alta tecnologia", as empresa da moda, a colagem dos governos aos grupos económicos...
Oxalá este caso sirva para tornar um pouco mais humildes os nossos governantes.
Nã...
O Governo já diversificou a sua aposta para as baixas tecnologias: basta ver o exemplo do Magalhães...
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