No seu habitual editorial do Expresso, Henrique Monteiro colocou o dedo na ferida. Ainda a propósito do caso Freeport, chamou a atenção para a função do jornalismo numa sociedade livre: o "papel do jornalismo nestas questões é - em duas palavras - ser chato. Não largar o caso, querer tudo esclarecido. Não digo que não haja enviesamentos, manipulações e mentiras, que também as há. Mas limitar-se a culpar o mensageiro ou reduzir tudo a uma conspiração (que não se sabe também se existe), é não entender o direito que a imprensa e a opinião pública têm de controlar os actos do Governo".
Esta era, porém, uma realidade desconhecida do nosso PM e do partido que o sustenta.
O Governo estava habituado a três espécies de jornalismo: o amigalhaço (o do "porreiro, pá"), o adormecido e o silenciado (este, com a complacência da Alta Autoridade para a Comunicação Social). Tudo o resto era marginal.
O Governo começa aos poucos a perceber que a oposição, a crise, as contestações e as greves, provocam leves pruridos, quando comparados com a verdadeira "coceira" desta nova realidade conhecida na generalidade dos países ocidentais por "liberdade de comunicação".
Compreende agora que bem mais desconfortante do que os factos é a divulgação desses mesmos factos.
O Governo tropeçou no quarto poder e não vive bem com isso. Sobretudo porque, desta vez, esse poder não se mostra disponível para ser pressionado, abafado ou silenciado. Ainda que apodado de "campanha negra"...
Esta era, porém, uma realidade desconhecida do nosso PM e do partido que o sustenta.
O Governo estava habituado a três espécies de jornalismo: o amigalhaço (o do "porreiro, pá"), o adormecido e o silenciado (este, com a complacência da Alta Autoridade para a Comunicação Social). Tudo o resto era marginal.
O Governo começa aos poucos a perceber que a oposição, a crise, as contestações e as greves, provocam leves pruridos, quando comparados com a verdadeira "coceira" desta nova realidade conhecida na generalidade dos países ocidentais por "liberdade de comunicação".
Compreende agora que bem mais desconfortante do que os factos é a divulgação desses mesmos factos.
O Governo tropeçou no quarto poder e não vive bem com isso. Sobretudo porque, desta vez, esse poder não se mostra disponível para ser pressionado, abafado ou silenciado. Ainda que apodado de "campanha negra"...
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