quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Jacobinismo "made in England"

Do Reino Unido chega-nos a notícia de que uma enfermeira, Caroline Petrie foi suspensa quando os seus superiores tomaram conhecimento de que tinha perguntado a uma doente se gostaria que rezasse por ela. A enfermeira estava a visitar uma doente de 72 anos, em sua casa, quando lhe perguntou se gostaria que rezasse por ela.
A idosa não ficou ofendida, mas antes surpreendida, tendo comentado o facto com outra enfermeira, numa visita posterior. Quando a informação chegou aos superiores de Caroline, esta foi informada de que tinha sido suspensa, sem vencimento. A suspensão entrou na sétima semana!!
7 semanas não serão demais?? Nem sequer sabemos se ela CHEGOU MESMO A REZAR...nesse caso, então sim, prisão efectiva, mas teríamos mesmo de ter a certeza...Está certo que gravidade do delito não é para menos e na notícia não consta que a enfermeira tenha cumprido com os procedimentos estabelecidos de oferecer a possibilidade de eutanásia à nossa vítima de 72 anos logo que chegasse a sua casa!
Para os casos em que alguém oferece orações por outrém sou a favor da despenalização. Obviamente que somos todos contra essas manifestações de fanatismo, mas temos de compreender que alguém se possa sentir inclinada a dirigir-se ao suposto "Todo-Poderoso" em situações de extrema necessidade...

Assim sendo, proponho uma lei que despenalize a oferta de orações até à décima semana da enfermidade que atinja a doente...desde que a oração seja obviamente efectuada em local devidamente autorizado e vigiado pelo Estado; não queremos que andem por aí à solta crentes capazes de rezar uma Avé-Maria por alguém que esteja em sofrimento!

Já agora, proponho uma condecoração para a enfermeira que fez o favor de denunciar este acto de irracionalismo e falta de profissionalismo por parte de Caroline. Num estado socialista, assim mesmo é que deve ser!

É caso para dizer que o jacobinismo francês está em moda em Inglaterra, o que não deixa de ter a sua piada se pensarmos nos “pequenos ódios” ancestrais que alimentam (ou alimentavam) as rivalidades culturais entre estes dois vizinhos….
Outro ponto de reflexão: Até que ponto estas diferenças culturais ainda existem e qual a sua real dimensão? Agora, até nas manifestações xenófobas (veja-se caso refinaria Total) se assemelham…

Fonte da notícia: http://mediaserver.rr.pt/rr/others/871201743b32bd.pdf

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