O principal mérito do programa eleitoral do PSD é, tal como afirma Maria José Nogueira Pinto – candidata a deputada pelo PSD – o facto de “ser feito para o País que temos e com vista ao País que queremos e não, apenas, para conquistar votos. Este é, aliás, um dos raros programas que ousou ter um fio condutor, um pano de fundo valorativo. E é neles que se escora a sua coerência intrínseca.”
Notam-se os resultados da audição alargada da sociedade civil que teve lugar principalmente através do Fórum Portugal de Verdade, mas também por intermédio de contributos de empresários, de quadros da Administração Pública e de cidadãos anónimos (os anónimos aqui não é uma referência velada a todos os que com medo de represálias do PS tiveram medo de assumir publicamente a sua participação no programa…).
Ainda que estejamos perante um bom programa de governo, ainda persiste um erro comum a todos os partidos políticos, que é o de pensarem (ou, pelo menos, parecer que pensam...) que a sua acção é o mais importante, o decisivo, na evolução económica, social e cultural da sociedade.
Este erro encontra-se mais difundido entre os que possuem uma visão estatizante da sociedade, entre os que não se coíbem de se intrometer na esfera privada dos cidadãos, entre os que mais atacam a liberdade sob o falso pretexto de a defenderem, no final de contas entre os que têm uma visão socialista e colectivista da organização económica e social e olham para a pessoa apenas como mais uma peça da sua dialéctica materialista, sob cujo prisma olham para o mundo.
Não obstante, no centro-direita encontramos, ainda que em muito menor grau, influências deste visão errada sobre o que é (ou deve ser) o livre e sustentado desenvolvimento da sociedade.
Onde quero chegar é ao seguinte ponto: qualquer programa de governo faria muito mais por todos nós se começasse por umas palavras (ainda que com maior arte) do género:
“temos consciência de que o mérito (mas também o demérito) do crescimento económico, do combate à corrupção, da descida da taxa de desemprego, pertence em maior grau aos cidadãos do que ao estado. Faremos o que estiver ao nosso alcance para alterar alguns hábitos e a mentalidade com que a população portuguesa, de quem tanto nos orgulhamos, encara o trabalho e a vida empresarial. Tentaremos, através duma pedagogia do exemplo, promover uma cultura de meritocracia, de trabalho árduo e de participação cívica. Sabemos, no entanto, que a grande responsabilidade de fazer “avançar Portugal” pertence aos portugueses e não aos seus representantes, que são apenas e só isso mesmo, representantes.”
Como responderiam Sócrates e os assessores de Obama?
Notam-se os resultados da audição alargada da sociedade civil que teve lugar principalmente através do Fórum Portugal de Verdade, mas também por intermédio de contributos de empresários, de quadros da Administração Pública e de cidadãos anónimos (os anónimos aqui não é uma referência velada a todos os que com medo de represálias do PS tiveram medo de assumir publicamente a sua participação no programa…).
Ainda que estejamos perante um bom programa de governo, ainda persiste um erro comum a todos os partidos políticos, que é o de pensarem (ou, pelo menos, parecer que pensam...) que a sua acção é o mais importante, o decisivo, na evolução económica, social e cultural da sociedade.
Este erro encontra-se mais difundido entre os que possuem uma visão estatizante da sociedade, entre os que não se coíbem de se intrometer na esfera privada dos cidadãos, entre os que mais atacam a liberdade sob o falso pretexto de a defenderem, no final de contas entre os que têm uma visão socialista e colectivista da organização económica e social e olham para a pessoa apenas como mais uma peça da sua dialéctica materialista, sob cujo prisma olham para o mundo.
Não obstante, no centro-direita encontramos, ainda que em muito menor grau, influências deste visão errada sobre o que é (ou deve ser) o livre e sustentado desenvolvimento da sociedade.
Onde quero chegar é ao seguinte ponto: qualquer programa de governo faria muito mais por todos nós se começasse por umas palavras (ainda que com maior arte) do género:
“temos consciência de que o mérito (mas também o demérito) do crescimento económico, do combate à corrupção, da descida da taxa de desemprego, pertence em maior grau aos cidadãos do que ao estado. Faremos o que estiver ao nosso alcance para alterar alguns hábitos e a mentalidade com que a população portuguesa, de quem tanto nos orgulhamos, encara o trabalho e a vida empresarial. Tentaremos, através duma pedagogia do exemplo, promover uma cultura de meritocracia, de trabalho árduo e de participação cívica. Sabemos, no entanto, que a grande responsabilidade de fazer “avançar Portugal” pertence aos portugueses e não aos seus representantes, que são apenas e só isso mesmo, representantes.”
Como responderiam Sócrates e os assessores de Obama?
Caro João,
ResponderEliminarCitar uma pessoa que está em campanha e vai ser eleita por o PSD. Mas que no dia a seguir às eleições, vai a correr para o PS Lisboa, lutar contra o candidato do partido que a elegeu deputada. É perigoso, muito perigoso...
É por isto que deixei a militância no PSD e a única pessoa que me faz voltar a votar no PSD. Chama-se... José Sócrates!!!
Abraço
Caro Vitor,
ResponderEliminarpercebo o seu escândalo.
Vou tentar explicar por que cito Maria José Nogueira Pinto e creio que deixará de ter essa opinião. Eis as razões:
1º concordo com o que ela disse.
2º admiro o seu trabalho quer na política, quer na sociedade civil
3º não votar Santana Lopes não menoriza ninguém. Eu, se morasse em Lisboa votaria PSL mas considero que elogiar o trabalho de António Costa (elogio com o qual não concordo) não é crime nenhum. É honestidade (ainda que no erro!). Lembro que a actual líder do PSD afirmou que nas últimas legislativas não votou Santana Lopes, mas sim PSD e não é, por esse facto, uma má candidata a deputada.
Em resumo, compreendo que se discorde da posição de Nogueira Pinto em Lisboa, mas isso não faz dela nem incoerente nem incompetente. Lembro ainda que não é filiada no PSD...
Abraço,
Jpão
E Sócrates é anti-italiano e anti-nortenho?
ResponderEliminarEstou farto de ouvir socialistas e outros dizerem que Manuela Ferreira Leite tem um preconceito anti-espanhol por ter dito o que disse no frente-a-frente, sobre o TGV.
Esses senhores que dizem essas barbaridade são estúpidos e querem fazer de nós estúpidos. Então dizer que não será PM para defender os interesses dos espanhóis é ser anti-espanhol?
Aliás, se MFL fosse anti-espanhol não teria aceite trabalhar no Banco Santander durante vários anos. Alguém quer maior prova de que ela não tem problema nenhum com espanhóis? Simplesmente não vamos enterrar mais o país com o TGV, simplesmente porque também faz jeito a nuestros hermanos.
Ou será que esses senhores estúpidos - que tentam distorcer factos, para que estes se tornem armas em favor deles - também acham que José Sócrates é anti-italiano por ter dito que vendeu parte da GALP a Amorim e Eduardo dos Santos "para não deixar cair a GALP em mãos italianas"?
Ou até poder-se-á dizer que Sócrates é anti-nortenho por não permitir que a Sonae tome conta de empresas como a PT ou como a ZON?