Por falta de clareza de Manuela Ferreira Leite ou por deficiente interpretação das suas palavras, uma coisa é certa: o debate em torno de um possível Bloco Central pós-legislativas está lançado.
Em entrevista ao Rádio Clube, Francisco Van Zeller, presidente da CIP, defendeu que, se nenhum partido conseguir vencer com maioria absoluta as próximas eleições legislativas, deverá ser formado um Governo de Bloco Central. E, já na passada terça-feira, João Cravinho admitia mesmo essa inevitabilidade.
A ideia seria excelente - patriótica mesmo -, não fosse utópica.
Quatro anos deveriam ser bastantes para perceber o "carácter político" do Senhor Primeiro-Ministro.
Num Governo de coligação (ao centro) não há espaço para a intolerância nem para a arrogância, não há espaço para a demagogia, não há espaço para a desvalorização dos demais órgãos de soberania - sejam eles Presidente da República, Assembleia da República ou Tribunais -, não há espaço para a colocação de meios públicos ao serviço de interesses partidários, não há espaço para a vitimização nem para investidas quixotescas. Ou seja, não há espaço para José Sócrates.
Acredito mais facilmente nas mudanças dos partidos do que nas mudanças das pessoas.
Sem que assistamos à alteração dos personagens, desiluda-se quem vê cenários de coligação como possíveis ou inevitáveis.
Em entrevista ao Rádio Clube, Francisco Van Zeller, presidente da CIP, defendeu que, se nenhum partido conseguir vencer com maioria absoluta as próximas eleições legislativas, deverá ser formado um Governo de Bloco Central. E, já na passada terça-feira, João Cravinho admitia mesmo essa inevitabilidade.
A ideia seria excelente - patriótica mesmo -, não fosse utópica.
Quatro anos deveriam ser bastantes para perceber o "carácter político" do Senhor Primeiro-Ministro.
Num Governo de coligação (ao centro) não há espaço para a intolerância nem para a arrogância, não há espaço para a demagogia, não há espaço para a desvalorização dos demais órgãos de soberania - sejam eles Presidente da República, Assembleia da República ou Tribunais -, não há espaço para a colocação de meios públicos ao serviço de interesses partidários, não há espaço para a vitimização nem para investidas quixotescas. Ou seja, não há espaço para José Sócrates.
Acredito mais facilmente nas mudanças dos partidos do que nas mudanças das pessoas.
Sem que assistamos à alteração dos personagens, desiluda-se quem vê cenários de coligação como possíveis ou inevitáveis.
Carlos,
ResponderEliminarDe facto tens razão. A ideia é utópica, apesar de patriótica.
Mas confesso que tenho dificuldade em intrepertar as palavras do presidente no discurso de 25 de Abril; é que ele já terá com certeza apreendido a falta de carácter "político", digamos assim, de José Sócrates.