Francisco Louçã e o seu Bloco de Esquerda obtiveram um resultado histórico nas eleições para o Parlamento Europeu.
Este excelente resultado do Bloco apresenta-se como um pau de dois bicos: por um lado adquiriu o estatuto de um partido que “conta para as contas”, fez-se crescidinho. Mas, por outro lado, este mesmo resultado, põe o partido perante dilemas que não tinha anteriormente. Como conjugar o estatuto recentemente adquirido de “partido a sério”? Como irá reescrever Louçã as suas homílias, sabendo que o voto de protesto já lhe deu o que tinha a dar?
Se o BE considerar que chegou o timing para fazer parte de algum governo, deverá ajustar o seu discurso, o que aliás já começa a acontecer. Louça não fecha a porta e já veio dizer: “o nosso diálogo no PS é com quem teve posição crítica a Sócrates e é com esses que vamos ter de dialogar”. No fundo, está a dizer: “vocês que, em sinal de protesto para com o Governo, votaram em nós, podem voltar a fazê-lo. Nós também somos de esquerda, também nos damos bem convosco; só não gostamos, tal como vocês, do tipo que está a frente do vosso partido. Estejam descansados que nós não mordemos; até temos um canal privilegiado de comunicação com o vosso camarada Alegre! Não tenham medo de votar em nós que cá estaremos para as causas fracturantes e para as políticas de esquerda e de estatização da sociedade.”
Fá-lo numa perspectiva de médio prazo, mas fá-lo, como se percebe pela entrevista ao “i”.
Louça não deixa no entanto de apelar ao eleitorado natural, o eleitorado da “fractura”: “…e aprovaremos as políticas de que se incluam nesse compromisso, tal como fizemos com António Guterres, em que aprovámos medidas como o referendo ao aborto, a descriminalização da droga”. Louçã parece esquecer-se da colagem a Sócrates na liberalização do aborto. Compreende-se.
Esperemos para ver os resultados desta política de tentar agradar a gregos e troianos. E de depender dos estados de espírito de Alegre.
Este excelente resultado do Bloco apresenta-se como um pau de dois bicos: por um lado adquiriu o estatuto de um partido que “conta para as contas”, fez-se crescidinho. Mas, por outro lado, este mesmo resultado, põe o partido perante dilemas que não tinha anteriormente. Como conjugar o estatuto recentemente adquirido de “partido a sério”? Como irá reescrever Louçã as suas homílias, sabendo que o voto de protesto já lhe deu o que tinha a dar?
Se o BE considerar que chegou o timing para fazer parte de algum governo, deverá ajustar o seu discurso, o que aliás já começa a acontecer. Louça não fecha a porta e já veio dizer: “o nosso diálogo no PS é com quem teve posição crítica a Sócrates e é com esses que vamos ter de dialogar”. No fundo, está a dizer: “vocês que, em sinal de protesto para com o Governo, votaram em nós, podem voltar a fazê-lo. Nós também somos de esquerda, também nos damos bem convosco; só não gostamos, tal como vocês, do tipo que está a frente do vosso partido. Estejam descansados que nós não mordemos; até temos um canal privilegiado de comunicação com o vosso camarada Alegre! Não tenham medo de votar em nós que cá estaremos para as causas fracturantes e para as políticas de esquerda e de estatização da sociedade.”
Fá-lo numa perspectiva de médio prazo, mas fá-lo, como se percebe pela entrevista ao “i”.
Louça não deixa no entanto de apelar ao eleitorado natural, o eleitorado da “fractura”: “…e aprovaremos as políticas de que se incluam nesse compromisso, tal como fizemos com António Guterres, em que aprovámos medidas como o referendo ao aborto, a descriminalização da droga”. Louçã parece esquecer-se da colagem a Sócrates na liberalização do aborto. Compreende-se.
Esperemos para ver os resultados desta política de tentar agradar a gregos e troianos. E de depender dos estados de espírito de Alegre.
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