quarta-feira, 3 de junho de 2009

Interrogações que nos ocorrem

Já sei que este é um exercício típico de noite de fim-de-ano. Não obstante, não resisto e deixo aqui algumas interrogações que alguns de nós nos colocamos nos dias que correm. Quem quiser arriscar alguma resposta sinta-se à vontade:

1. Qual será a diferença entre as projecções feitas pela Eurosondagem e o resultado das eleições de dia 7?
(como é óbvio na próxima semana aqui falarei sobre isso)

2. Que papel desempenhará Passos Coelho no apoio à líder do PSD na campanha para as legislativas?
Arrisco-me a dizer que sendo ele alguém que põe os interesses do partido e do país acima de tudo, só não participará bastante activamente se para tal não for convidado.

3. O caso Freeport terá resolução na hipótese de Sócrates ser re-eleito primeiro-ministro?

4. Que papel irá assumir Cavaco Silva na condução dos destinos do país nos próximos anos?
Relembro o apelo de Pacheco Pereira de alguns anos atrás para que Cavaco voltasse à liderança do partido. Recordo também a imensa popularidade de que Cavaco goza junto do povo português e da sua imagem de seriedade. E recordo ainda o possível cenário de ingovernabilidade em que poderemos cair logo após Outubro num contexto de crise tão elevada.

4 comentários:

  1. Pela amostra do que foi fazer a Vila Real, acho que o Coelho pode ficar em casa durante as legislativas e que isso seria uma boa ajuda para o PSD. Ah, já me esquecia: e que desligue o telefone.

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  2. 1. Para mim, as sondagens são todas "por encomenda"

    2. Depende dos resultados das Europeias e Autárquicas. Se for bom, ele colar-se-à a MFL, senão distanciar-se-à para marcar posição. Colocará, por isso, sempre, os interesses pessoais à frente dos colectivos.

    3. Mas este caso não iria ficar resolvido até setembro? Parece que não. Sócrates não vai ser re-eleito, por isso tudo será resolvido.

    4. Cavaco fará o que a constituição lhe permite. Ou seja, o mesmo que tem feito até agora. Pode é ajudar a acalmar as "hostes" numa sociedade que irá entrar em crise social profunda.

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  3. Douro:

    Se Passos Coelho desligar o telemóvel o que será de todas as Paulas Moura Pinheiro deste país? :-)

    Luis:
    Oxalá tenha razão em relação ao caso Freeport.
    Quanto a Cavaco, tenho a sensação (e o desejo) de que ainda irá desempenhar papéis que não o de presidente. Veremos...

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  4. Relacionando os temas sondagens, freeport e Cavaco Silva com o incontornável futebol, queria só deixar uma nota de espanto com o que se passou na final da Taça de Portugal, no momento em que foi tocado o hino nacional.
    Sei que são adeptos do Norte, que o calor puxava umas minis bem bebidas antes da entrada no estádio municipal de Oeiras MAS, MAS, MAS...
    O desrespeito quase total pelo Hino Nacional,foi uma clara demonstração do sentimento de revolta que se vive na sociedade "profunda", aquela que todos encontramos na rua (e muitas vezes na nossa própria casa) e que nunca aparece nas "sondagens" nem na "opinião pública". E não me venham dizer que era desrespeito com o Presidente da República porque não se ouviram insultos ao mesmo. Foi uma manifestação espontânea de desprezo... Algo que talvez se veja bem expresso na abstenção às europeias. Eu tenho a certeza que Cavaco Silva sabe bem o que se passa. Espero que o bom senso, o rigor, a cautela e o sentido de Estado que o tem guiado possam ceder um pouco face à situação que vivemos e se o país não encontrar um rumo depressa, que ele dê uns murros na mesa...

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