sexta-feira, 19 de junho de 2009

O preço da incompetência


Finalmente foi assumido!

O Ministro das Finanças reconheceu ontem, em sede de Comissão Parlamentar, que a situação ocorrida no BPN "foi um caso de policia e não de supervisão".

A questão é que, há largos anos, era já um caso de polícia, estando na posse do Banco de Portugal um conjunto de elementos e documentos que indiciavam a prática de ilícitos criminais.

Mas, ao invés de fazer a devida participação às autoridades policiais competentes - para que investigassem -, o Banco de Portugal ocultou a situação sob a capa dos seus poderes (e das suas mezinhas) de supervisão.

Por isso, se maiores responsabilidades não lhes puderem ser assacadas, o Banco de Portugal e o seu Governador são claramente responsáveis por terem impavidamente permitido a continuação de uma actividade criminosa. E, independentemente de se apurar quem foi à horta e quem ficou à porta, essa falta de competência não pode deixar de ter um preço!

3 comentários:

  1. Humm.... O supervisor com maiores competências é o Banco de Portugal. Mas a CMVM também tem alguma coisa a ver com estes assuntos, nomeadamente quando envolvem valores mobiliários e "retornos absolutos", um caso comum ao BPP, e com maior incidência neste, até porque com a nacionalização do BPN parece-me que os seus clientes conseguiram resolver eventuais questões.

    O que importa é que o nosso Ministro das Finanças, por acaso, era presidente da CMVM até ao momento em que foi para o Governo. Ainda bem que ele reconhece que o caso não teve nada que ver com a supervisão, ou estaria agora com a ingrata tarefa de se auto-investigar.

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  2. Uma coisa é certa: não foi um caso de supervisão. Foi um caso de falta dela.

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