Elisa Ferreira é uma pessoa que poderia ser uma boa candidata à Câmara Municipal do Porto.
Infelizmente não é.
Ela própria, o Partido Socialista e o seu secretário geral decidiram que fosse candidata simultaneamente à segunda cidade do País e ao Parlamento Europeu em eleições separadas cerca de 3 meses uma da outra.
O cargo de Presidente da Câmara é incompatível com o de Deputado Europeu.
Aqueles que votaram na lista do PS para o Parlamento Europeu estão a ser enganados, caso Elisa Ferreira fosse eleita Presidente da Câmara e optasse por ficar no Porto, tal como os que votarem em Elisa Ferreira para a Câmara (seja ela vencedora ou não) serão enganados, caso ela opte por ir para Bruxelas e Estrasburgo.
Esta dupla e esquizofrénica candidatura que foi testemunhada pelos portuenses em outdoors colados com fotografias da candidata com a sua "dupla personalidade" trata de assegurar o "tacho a todo o custo", algo que, em abono da verdade, o currículo académico e profissional da candidata verdadeiramente dispensava, relegando para último plano os interesses da comunidade, da causa pública e os valores mais nobres da política.
Está visto que Elisa Ferreira está-se nas tintas para a cidade do Porto e para os Portuenses.
No PS há felizmente pessoas sérias e esta candidatura tem causado um grande embaraço nas estruturas locais, com muitos pedidos que a candidata renuncie desde já ao lugar ao Parlamento Europeu para prosseguir com seriedade a sua corrida (?) à Câmara.
Se eu fosse militante do PS, nunca votaria na candidata do PS à Câmara. É que nem todos os militantes dos Partidos são carneiros e acima dos interesses partidários estão os interesses do País.
É sabido que sou militante do PSD (com honra, nº. 44355), mas se o meu Partido tivesse um candidato como Elisa Ferreira à Câmara do Porto nunca votaria nele.
Esta questão não se restringe ao Porto, tem também uma leitura e repercussão a nível nacional. É que tanto os candidatos às maiores Câmaras do País, como as listas ao Parlamento Europeu têm uma intervenção activas das lideranças partidárias. Mesmo quando sugeridas pelas estruturas locais, a direcção nacional e, nomeadamente o seu líder, têm obviamente "poder de veto".
Ora aqui vislumbramos uma diferença radical entre os candidatos a Primeiro Ministro José Sócrates e Manuela Ferreira Leite:
Enquanto que o Primeiro Ministro vem da escola do "tacho a todo o custo", daqueles que vivem e sobrevivem da política e nunca fizeram mais nada na vida, bem patenteadas com esta candidatura indecente à Câmara do Porto, a líder do PSD assumiu desde a primeira hora que os candidatos dos PSD vão honrar os seus mandatos e não haverá candidatos do PSD a duas eleições este ano.
Em política fala-se muitas vezes da "Mulher de César" que não basta ser séria, tem que o parecê-lo. Está visto que este ditado, infelizmente, não se aplica ao Eng. José Sócrates. Não pode parecer sério ou não vale a pena parecê-lo quando não se é sério.
Quando Cavaco Silva chegou a Primeiro Ministro em 1985, tinha eu 12 anos, lembro-me que quase toda a gente o considerava "pouco simpático", mas "sério".
Portugal tem saudades de um Primeiro Ministro "pouco simpático"... (mas "sério").
Este episódio "Câmara do Porto" e estas duas formas de "fazer política" estarão em escrutínio nas eleições legislativas que se avizinham...
Um estulto bispo, nada Católico.
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Este estulto e estouvado cavalheiro, ex-deputado municipal pelas listas do
Partido Socialista, só no corrente ano foi candidato a presidente do
Conselho Su...
Há 3 dias
Caro Miguel,
ResponderEliminarSejas muito bem vindo ao blog do Grupo.
Que os teus escritos se multipliquem, com a qualidade que está à vista.
Miguel: muito bem.
ResponderEliminarPelos vistos a moda da dupla personalidade no PS veio para ficar...