segunda-feira, 8 de junho de 2009

Portas e o re-ajuste estratégico

19 de Abril de 2005:

"Portas desabafou: "As coisas são o que são". O ainda líder democrata-cristão referiu falhou os 4 objectivos que estabeleceu nesta campanha: maioria de centro-direita ("era difícil"); evitar maioria do PS ("falhei"; atingir os 10% ("perdi") e conseguir que o CDS-PP fosse a 3ª força parlamentar ("fui, nesta matéria, pessoalmente derrotado").
Portas fez ainda um comentário à subida do Bloco de Esquerda. "Não há nenhum país civilizado no Mundo onde a diferença entre trotskistas e democratas-cristãos seja de um por cento", disse Portas, referindo-se à ascenção do extremismo e radicalismo de esquerda em Portugal."

Das condições referidas acima, Portas apenas observou (seria errado afirmar conseguiu) que o PS não tivesse "maioria absoluta". Quantos às restantes "condições"...os trotskistas obtiveram mais 2,4% do que o PP!

Por que razão Paulo Portas não mostra um pouco de coerência (ah!!) e não se demite agora também? Ou passou a ter como meta ultrapassar previsões de sondagens?

6 comentários:

  1. Não vamos confundir as coisas... Essas metas eram para as eleições legislativas de 2005. Para as Europeias não foram afixadas metas super ambiciosas por Portas. Não sei se te lembras mas na campanha de 2005 um dos slogans era "10%"... Portas aprendeu e desta vez foi modesto. O resultado? Uma vitória! Manteve os mesmos eurodeputados que obteve em 2004 em coligação com o PSD mesmo com a redução do número de mandatos para Portugal. Além disso este resultado é um balão de ar para Portas e para a sua liderança depois do anunciado desaparecimento do CDS. Quer o queiramos quer não...

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  2. Tomás,

    como e óbvio podes analisar os resultados de diferentes perspectivas. Um facto é que o CDS é cada vez mais a 5ª força partidária em Portugal.
    Onde queria chegar, era ao facto de considerar que Paulo Portas não é um político coerente. Como não o é enquanto comentador ou director de jornais tablóides.

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  3. Podes considerar que Paulo Portas não é um político coerente. Até concordo contigo. Aliás, a coerência de Paulo Portas está muito bem ilustrada num vídeo no youtube em que Paulo Portas há uns 20 anos dizia que nunca se meteria na política...
    Mas dizer que Paulo Portas se deveria demitir por não ter cumprido os objectivos que definiu para as eleições de 2005 é demais...

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  4. Ainda relativamente às europeias, Augusto Santos Silva, o ministro entertainer do Governo, disse ontem que "os resultados têm de ser relativizados face às eleições de segunda".

    Um ministro do Governo de um país democrático, que pertence à UE vai para 20 anos, apelida as eleições europeias de "eleições de segunda"? E depois ainda têm a cara de pau de vir dizer que as questões europeias são de extrema importância.

    E que grande contributo que dá para a participação democrática dos eleitores, através do voto. Ainda têm a lata de se queixar da abstenção.

    Mais 3 pontos para Santos Silva na Superliga "incompetente-mor"

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  5. Não será Santos Silva um político de 2ª ou de 3ª?

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  6. Tomás:

    Tens razão no que dizes em relação ao estabelecimento da meta dos 10%. Desta vez não se meteram nessa...

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