Este mês chegaram-me às mãos dois documentos muito interessantes sobre a economia portuguesa:, que deviam fazer corar os senhores que estão em Espinho a discutir assuntos inúteis: o Gabinete de Estudos do PSD escreveu sobre os Desafios para Portugal em 2009, e um Professor da minha Escola apresentou um documento sobre “Os Anos Recentes: Crise Conjuntural ou Crise Estrutural?”
As conclusões são claras: independentemente da crise que agora atravessamos, Portugal esteve bem e está mal.
A economia portuguesa cresceu muito e bem durante muitos anos, porque o país estava muito atrasado, a economia mundial ajudou e as prioridades políticas foram bem decididas. Era a altura de investir numa economia de mão-de-obra intensiva, de grandes investimentos na construção de infraestruturas, etc.
Ora bem, este modelo esgotou-se há já vários anos. O país já não está tão atrasado, as pessoas já têm maior nível de conhecimentos (não sei se se pode dizer que têm melhor educação), e existe oferta de mão-de-obra muito mais barata no mercado mundial. Além disso, o peso do Estado na Economia cresceu desmesuradamente, a sociedade tornou-se mais desigual e o país está endividadíssimo.
A estes problemas acresce o da crise actual, que torna mais difícil implementar as medidas que são imprescindíveis: diminuição do peso do Estado na economia, diminuição da dívida do Estado, das empresas e das pessoas, e aumento da produtividade.
As soluções para estes problemas são simples de enunciar, e difíceis de pôr em prática. Segundo o GE do PSD, é preciso reformar o Estado, para que não comande a economia, e que esteja ao serviço das iniciativas da sociedade civil; promover a inovação, a criação e desenvolvimento de novas empresas (nos sectores que ajudem a economia a crescer saudavelmente, que consigam exportar); apoiar um sistema de educação exigente, e com uma boa oferta de formação profissional; e promover a eficiência na utilização dos recursos.
Se estas ideias se puserem em prática, é possível esperar que o país melhore, que a economia esteja em melhores condições para voltar a crescer no final da crise, e que, a médio prazo, o fosso entre ricos e pobres que tem aumentado, diminua.
Também publicado aqui.
As conclusões são claras: independentemente da crise que agora atravessamos, Portugal esteve bem e está mal.
A economia portuguesa cresceu muito e bem durante muitos anos, porque o país estava muito atrasado, a economia mundial ajudou e as prioridades políticas foram bem decididas. Era a altura de investir numa economia de mão-de-obra intensiva, de grandes investimentos na construção de infraestruturas, etc.
Ora bem, este modelo esgotou-se há já vários anos. O país já não está tão atrasado, as pessoas já têm maior nível de conhecimentos (não sei se se pode dizer que têm melhor educação), e existe oferta de mão-de-obra muito mais barata no mercado mundial. Além disso, o peso do Estado na Economia cresceu desmesuradamente, a sociedade tornou-se mais desigual e o país está endividadíssimo.
A estes problemas acresce o da crise actual, que torna mais difícil implementar as medidas que são imprescindíveis: diminuição do peso do Estado na economia, diminuição da dívida do Estado, das empresas e das pessoas, e aumento da produtividade.
As soluções para estes problemas são simples de enunciar, e difíceis de pôr em prática. Segundo o GE do PSD, é preciso reformar o Estado, para que não comande a economia, e que esteja ao serviço das iniciativas da sociedade civil; promover a inovação, a criação e desenvolvimento de novas empresas (nos sectores que ajudem a economia a crescer saudavelmente, que consigam exportar); apoiar um sistema de educação exigente, e com uma boa oferta de formação profissional; e promover a eficiência na utilização dos recursos.
Se estas ideias se puserem em prática, é possível esperar que o país melhore, que a economia esteja em melhores condições para voltar a crescer no final da crise, e que, a médio prazo, o fosso entre ricos e pobres que tem aumentado, diminua.
Também publicado aqui.
Jorge, dizes bem: "não sei se se pode dizer que têm melhor educação". Esse é o principal problema do nosso país. Por mais preparação técnica, por mais escolaraidade obrigatória que tenhamos, não vamos sair da cepa torta se não conseguimos "produzir" cidadãos cultos, que valorizam o esforço, a honestidade, democraticamente exigentes, etc. Seremos sempre o tal povo de brandos costumes que não se importa de votar no tipo de políticos que sabe não serem honestos, mas que lhes garantem (ou criam essa ilusão) os seus subsídios, o seu confortozinho.
ResponderEliminarA "preocupação" continua a ser a quantidade, a massificação, a apresentação de números. Numa área tão sensível e tão estruturante como a Educação, o enfoque não podia deixar de ser a qualidade.
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