Em declarações ao Rádio Clube Português, Carlos Candal resolveu, também ele, medir o pulso dos seus camaradas.
“Não é pensável que o Manuel Alegre faça o que tem feito, e continue a fazer, sem levar um chuto”, disse Candal.
E prosseguiu: "Ele [Alegre] não pode estar agressivamente contra o Partido Socialista, violando todas as regras de coexistência e da solidariedade partidária sem ser punido. (...) Punham-lhe um processo disciplinar e ia à vida (...) ou não era convidado para integrar a Comissão Nacional e não voltava a entrar nas listas para deputados. É assim! O partido é uma formação colectiva e solidária”.
Mais do que qualquer constrangimento a Alegre, estas declarações causam crescente embaraço ao Secretário-Geral do PS.
Sócrates talvez já tenha percebido que, por mais que evite falar do "assunto", ele não desaparece.
Por isso, Sócrates hesita entre a coragem e o receio, entre o que deve ser feito e o que pode ser feito.
Do posicionamento de Sócrates e do PS - sobre, ao menos, a inclusão ou não de Alegre nas listas para deputados - confirmaremos se, em política, "os fins justificam todos os meios" ou, dito de outro modo, se ainda sobeja ao PS alguma da ética e moral política que tanto gosta de apregoar.
Carlos: a resposta à questão de se em política, "os fins justificam todos os meios", depende dos actores em causa; e já tivemos oportunidade de observar que alguns dos actores da nossa política são capazes de assumir os mais contraditórios papéis com a mais angélica das aparências...
ResponderEliminarE em todos os quadrantes políticos.