terça-feira, 17 de março de 2009

De que tem medo Vieira da Silva?

Porque razão o Governo de José Sócrates e de Vieira da Silva tem vergonha em admitir os reais impactos da única reforma de jeito que realizou ao longo dos últimos 4 anos?

2 comentários:

  1. Não sou definitivamente um especialista na matéria. Até porque decidi convencer-me que não irei receber um único tostão do Estado a título de pensão de reforma, garantindo desde já que não irei sofrer nenhuma desilusão daqui a uns anos. No entanto, tal como cerca de 10 milhões de portugueses, tenho uma não fundamentada e convicta opinião sobre a matéria. Basicamente sei que, tal como nos exemplos apontados no artigo que o João menciona, há mais soluções para além da que foi apresentada e que, apesar de ter o mérito de melhorar a sustentabilidade do sistema no curto/médio prazo, apenas acabou por permitir adiar decisões mais profundas (como o papel dos esquemas contributivos privados, etc...). Já no que diz respeito ao relatório, enfim... São previsões a longo prazo (e está tudo dito), assumindo pressupostos diferentes de país para país, como por exemplo, que em Portugal (e penso que em mais 6 países)a contribuição dos esquemas privados será nula. Isso quer dizer que as coisas podem ser melhores que a realidade do relatório da OCDE? Talvez sim, provavelmente não. Pelo menos há uma coisa que fica: Não há reformas milagrosas, mas há reformas que ficam à espera de que os milagres aconteçam. É bom que não se sacrifique o futuro dos pensionistas, reafirmando a necessidade de cada um de nós planear a sua reforma (isto para quem pode, claro, porque muitos haverá que, infelizmente não tem os meios para o fazer), em vez de anunciar o fim dos problemas do sistema público de pensões.

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  2. Caro Paulo,
    Também não sou especialista na matéria, longe disso. Apenas me baseio na opnião de alguns economistas da nossa praça que afirmam que, ainda que não tendo resolvido a 100% o problema, o adiou uns 20/30 anos, o que para políticos portugueses não está nada mal! :-)
    Concordo totalmente contigo quando dizes que o govermo se "esqueceu" do papel dos esquemas contributivos privados...
    Mas o problema principal e que não apresenta uma tendência de melhoria não é da responsabilidade dos governos (embora estes tenham uma palavra a dizer), e é este: a pirâmide geracional portuguesa (e europeia9 está-se a inverter; nascem cada vez menos crianças e felizmente e a esperança de vida aumenta cada vez mais.

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