sexta-feira, 13 de março de 2009

A política dos princípios e a política dos fins

O Fórum da Verdade de ontem mostrou claramente a diferença entre a política dos princípios e a política dos fins (dos fins a todo o custo, daqueles que se alcançam sem olhar a meios...).
Sob o tema do Desemprego, Manuela Ferreira Leite podia ter caído no discurso fácil de focar unicamente a atenção no papel social do Estado - ora como empregador, ora como "subsidiador".
Inversamente, optou por reafirmar que a iniciativa na criação do emprego deve ser "das empresas e das pessoas. O Estado complementa, mas o empreendedorismo e a criação de riqueza e de emprego não são competências suas".
Mais do que, arbitrariamente, prodigalizar meios e recursos públicos na quixotesca "salvação" de empresas sem futuro, ao Estado cabe proporcionar as condições ideais ao empreendedorismo e ao florescimento das empresas (com especial atenção às pequenas e médias empresas), como forma de criação de riqueza e de postos de trabalho (com absorção do galopante número de novos desempregados).
Ao contrário daqueles que, de repente, ganharam preocupações sociais, MFL mantém inalterado o seu rumo e o seu discurso de Estado.
Mais do que nunca, os próximos actos eleitorais servirão para referendar promessas e para eleger um(a) Pagador(a) de Promessas. E, ainda mais do que isso, servirão para testar a resiliência dos portugueses a longos anos de enganos...
Permita-se-nos uma nota final:
Hoje não é dia de modéstias, nem de pouparmos elogios! É dia de mimar o ego!
O Fórum da Verdade de ontem foi magnificamente coordenado pelo Pedro Mazeda Gil - ilustríssimo membro do Grupo da Boavista. A competência do Pedro brilha independentemente do Grupo, muito para além do Grupo, mas é uma inquestionável mais-valia tê-lo entre nós.
Muitos parabéns Pedro!!

6 comentários:

  1. Também estive presente e de facto, notava-se que ali havia o "dedinho" do Pedro...:-)

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  2. Até ousava dizer que a sessão teve a "mão" do Pedro!! :)

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  3. "Manuela Ferreira Leite podia ter caído no discurso fácil de focar unicamente a atenção no papel social do Estado - ora como empregador, ora como "subsidiador"."

    Eu também estive presente e deixo os meus parabéns ao Pedro, mas quanto à MFL... Ela Falou? discurso?

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  4. Caro João,
    Falou no final à comunicação social.
    Podes procurar no site da RTP.

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  5. Já coloquei o link, com um excerto das declaração de MFL (na parte final da notícia)

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  6. Estive presente e gostei muito do que ouvi. Estive para intervir mas entendi que talvez não fosse bem o tema. Mas quando ouvi o Padre Lino Maia e quando ouvi falar de mais dinheiro para as IPSS, faltou dizer que em Portugal já se gastam mais de 5,4 mil milhões de euros com as IPSS. É verdade: mais de dois TGV's!! O padre Lino Maia revelou que as IPSS asistem 600 mil pessoas o que dá 9 mil euros por utente. Tendo em conta que muitos receberão ajuda de valor muito inferior a isso, onde anda o dinheiro e como é que há pessoas a dormir na rua?
    Já escrevi sobre isso aqui
    http://aoutravarinhamagica.blogspot.com/2009/02/os-54-mil-milhoes-de-euros-gastos-pelas.html

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