terça-feira, 19 de maio de 2009

O País da Fantasia

Depois de, ontem mesmo, o presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ter admitido que, devido a um erro no cruzamento de dados com a Segurança Social, haviam sido "apagados" do sistema, em Março deste ano, 15 mil desempregados, vem hoje o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emprego assegurar ter provas de que o IEFP tem, desde Março de 2008, apagado desempregados das estatísticas.

Ora, anda o Governo preocupado a melhorar a imagem do País e constantemente se depara com os defensores da feia realidade. Não há operação de cosmética que não seja atacada. Não há manipulação de números que não seja denunciada e contestada.

Qualquer dia o Governo farta-se e mostra-nos a verdadeira situação em que nos encontrámos. Só nesse dia perceberemos que, sem liftings, peelings e maquilhagens, temos um País a definhar.

E será que estamos preparados para deixar de viver no País da fantasia?

6 comentários:

  1. Carlos,

    O nosso forte nunca foram os cruzamentos o que aliás, sempre se fez sentir nas grandes competições internacionais...:-)

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  2. Na Roménia todos os anos a produção duplicava...

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  3. No país da fantasia
    a realidade é apagada,
    a mais pura hipocrisia
    é por muitos regada.

    As operações cosméticas
    tornaram-se numa obsessão,
    estas atitudes miméticas
    retratam a (des)governação.

    Com o país a definhar
    e um (des)Governo desorientado,
    a realidade querem dissimular
    deixando o mexilhão revoltado!

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  4. Ameijoa Fresca,
    Inspiração pura (e dura...). Brilhante!!

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  5. Cara ameijoafresca,

    é com prazer que a vemos por estas andanças. Volte sempre e, de preferência com tão iluminadas rimas!

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  6. Como agradecimento à simpática recepção, a Amêijoa Fresca algarvia (agora, com o nome dos humanos) deixa mais umas quadras:

    Os vendedores de ilusões
    vendem muita hipocrisia,
    fazendo tremendas alusões
    a um mundo de fantasia.

    Tantos factos ficcionados
    nas mentes destas gentes,
    os argumentos são seleccionados
    como de miseráveis insurgentes.

    O delírio filológico
    deixa o mexilhão embasbacado,
    o fundamento ilógico
    de um socialismo atarracado!

    Bem hajam!

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