quarta-feira, 27 de maio de 2009

Presunção de inocência? Cada uma toma a que quer

Realço aqui as sábias palavras de José Manuel Fernandes no seu editorial de hoje no Público:

"Se tivesse um mínimo de decência, se não sofresse de uma indesmentível “problemática do ego”, também já teria entendido que a sua teimosia embaraça todos os restantes membros do Conselho de Estado – alguns dos quais já o verbalizaram – e coloca numa situação politicamente insustentável o Presidente da República."

Não era fácil de compreender a não demissão de Dias Loureiro ainda antes das declarações de Oliveira e Costa.
Independentemente da presunção de inocência que lhé devida, questiono-me se Dias Loureiro não percebe que cria embaraços ao partido que o ajudou a promover (e ao qual também serviu), ao Presidente da República, à nossa já de si débil democracia, a si próprio afinal de contas.
Pois claro que percebe! Cabe-nos a nós tentar perceber por que não o faz.
No limite, e no que à presunção de inonência diz respeito, também aqui cada um toma a que quer. E Dias Loureiro tem tomado muito pouca...

Adenda: Segundo a SIC Notícias, Dias Loureiro finalmente demitiu-se do cargo de Conselheiro de Estado. Quem o ouviu há algumas horas atrás, não pode deixar de ficar surpreendido...

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