quinta-feira, 30 de julho de 2009

Transformar Portugal

Dado que o PS apresentou a sua lista de promessas, coloco no blog a intervenção de ontem de Manuela Ferreira Leite na conferência promovida pelo Diário Económico, entitulada "Transormar Portugal".

Manuela Ferreira Leite em discurso directo sem a intermediação dos psicanalistas Sócrates e Silveira.



quarta-feira, 29 de julho de 2009

Brincar às famílias

O PS continua "alegre" e contente na sua senda das promessas eleitoralistas. Alías, dizem-nos que agora já não se chamam promessas, chamam-se objectivos, embora esteja claro para todos os portugueses que o único "objectivo" que têm (as promessas essas há várias ao dia, bendita crise) é o de vencer as próximas eleições legislativas e sobreviver (politicamente entenda-se) à época pós-balnear. É que o risco de irem ao banho e serem devorados pelas demais piranhas cor-se-rosinha é bem real...


E é tão real o perigo que o juízo se encontra já tolhido. Promessas de distribuir 200 euros por cada bébé daqui a 18 anos não têm sentido nem política, nem economica, nem socialmente; e nem sequer (e agora a parte importante da questão para o PS) eleitoralmente. É que já ninguém, mas mesmo ninguém acredita! Será que eles próprios acreditam?


E a famosa progressividade? Teria o governo de fazer uma estimativa do rendimento do agregado familiar daqui a 18 anos? Numa lógica determinista?


Lembro-me que há alguns Pedro Arroja falava na hipótese de os eleitores venderem o seu voto. A ideia foi felizmente muito criticada. Pelos vistos há quem os queira comprar.


Se o PS quer medidas que realmente apoiem a família deveria falar com, por exemplo, a Associação de Famílias Numerosas que, na voz de Ribeiro e Castro (não o do PP), já veio dizer que:

"o PS não percebe rigorosamente nada do que se está a passar"

"200 euros para uma conta não serve para rigorosamente nada"

"Na Europa, as famílias recebem em média cerca de 150 euros por mês por cada filho"

Ribeiro e Castro sugere ainda que o PS "pergunte a quem sabe". Ou seja, que pergunte a quem os tem.
Os filhos, entenda-se.



Mais sobre este tema aqui e aqui.

Boas notícias no título!

Tenho o hábito de ler o que se chama as letras gordas dos jornais, o que em muito contribui para a minha felicidade! Sempre que faço o contrário arrependo-me!
Li hoje a notícia do Diário Económico com o título "PS promete baixar taxas de IRS no programa eleitoral" e fiquei esperançado numa baixa de impostos! Infelizmente li o resto da notícia e apercebi-me de que afinal o que o PS pretende fazer é: "Esta alteração será feita por duas vias: redução das taxas e mudança das regras das deduções e benefícios fiscais, sem perda de receita fiscal".
Na realidade não se vai baixar os impostos mas, provavelmente, apenas complicar um pouco mais o nosso sistema fiscal. Penso que a complexidade do nosso sistema fiscal é, por si só, um dos problemas da nossa fiscalidade e que devia ser corrigido a bem da transparência e da justiça social.
Mas há sempre a possibilidade de continuar apenas a ler os títulos!

PS: Era bom que o PSD no seu programa eleitoral fosse claro relativamente aos impostos!

terça-feira, 28 de julho de 2009

António Costa e o Bairro Alto

António Costa parece defitivamente apostado em fazer sombra (e não é pela chegada do Verão) a José Sócrates.

Enquanto Sócrates continua a prometer (ou a objectivar, se os assessores do PM preferirem), Costa não se fica pelas promessas. Tal como Edite Estrela, ele não deixa nada a meio. Cumpre. Destruiu 400 postos de trabalho no Bairro Alto.

Não há condições!

"Enquanto estava lá uma funcionária que conhecia de cor a localização dos dossiers, os pedidos eram respondidos. Mas aposentou-se e agora é impossível. Ainda estou à espera de um pedido de informação há três ou quatro anos."
É com estas palavras que um jurista sindical retrata a situação actual do arquivo da Autoridade para as Condições do Trabalho.

Depois dos 15 mil desempregados apagados do IEFP, dos documentos relativos ao processo Cova da Beira ilegalmente destruidos e dos documentos da casa da mãe de Sócrates que desapareceream, estamos perante mais um alarmante sinal no que foi já apelidado de "Crise da Arquivística Nacional".

O que seria de Portugal sem o Plano Tecnológico?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Leitura recomendada

"Os políticos de esquerda que continuam a distribuir culpas pelo "neo-liberalismo" nada aprenderam com os resultados das últimas eleições europeias. Os eleitores europeus não votam em quem ataca o "capitalismo neo-liberal", mas em quem se esforça para colocar o capitalismo a funcionar melhor e de um modo mais eficaz. Há, no entanto, um bom exemplo. Nunca vi ou ouvi o Presidente Obama a atacar o "neo-liberalismo", nem como candidato nem como inquilino da Casa Branca. Ele sabe melhor do que ninguém as oportunidades que existem nas sociedades abertas e nos sistemas liberais. Talvez esteja na altura de seguir os bons exemplos que chegam de Washington."

Os novos inquisidores, por João Marques de Almeida no Diário Económico.

Referender a RTP?


Se hoje fizessemos um referendo e perguntássemos aos portugueses se acham bem que o Estado gaste 250 milhões de euros/ano para que possam dispor dos seguintes serviços:

- spots publicitários disfarçados de reportagem, divulgando entregas de diplomas das Novas Oportunidades;

- usufruto de uma estação de televisão instrumentalizada que não respeite o pluralismo existente na sociedade e nem sequer na Assembleia da República;

- possibilidade de visionar 4 telenovelas diferentes todos os dias;

- existência de um canal de televisão igual ou pior aos outros praticando, para além disso, uma concorrência desleal com os demais canais,

qual acham que seria a resposta???

E isto já para não falar da RDP da Eduarda Maio ou da Lusa onde, pelos vistos, já se pode utilizar a palavra estagnação...

A propósito deste tema, ler também o post do Gabriel Silva.
Imagem retirada daqui.

Adenda: O presidente da RTP afirmou que "há obrigações de serviço público que hoje não fazem sentido". A sério? A sério mesmo???

sábado, 25 de julho de 2009

But ... for Wales?

Das duas uma, ou Louçã é mentiroso, ou José Sócrates perdeu toda a vergonha.
Um dos dois tem de demitir-se, sob pena de a classe política perder toda a credibilidade que ainda lhe resta.

A ser verdade esta história, só serve para provar a falta de jeito dos assessores de Sócrates que bem que poderiam dedicar-se a actividades alternativas, como a produção de flyers para empresas de organização de eventos. Hello? Hoje em dia quem é que ambiciona ocupar um lugar num governo chefiado por José Sócrates?


Promiscuidade política

Promiscuidade. Eis o que o PS nos tem para oferecer.

Qual programa, quais promessas, qual quê! Para percebermos a "posição" de um partido basta olharmos para as suas listas. Saberemos assim a quem pretende agradar.

E que se percebe é que Sócrates, após o reconhemineto do erro, quer agora apostar na cultura. Ou será a cultura que aposta em Sócrates?

E que quer apostar nos "casamentos" gay, algo que não tinha sentido há umas semanas atrás, mas que já tem agora. Bem sei que a sociedade (já para não falar dos princípios) evolui rapidamente, mas assim tão rápido, confesso que me surpreende. Estranhos fenómenos estes...com certeza que Sócrates em vez das normais lentes progressivas, utilizará umas novas lentes, as "progressistas", que lhe permitem apanhá-los no ar.

Ficámos pois a saber que depois do Zé, depois de Roseta, agora é a vez de Miguel Vale de Almeida e Inês de Medeiros sucumbirem aos encantos deste sedutor PS. O mesmo não se pode dizer de Joana Amaral Dias que, por "motivos óbvios", resistiu ao apelo do "tacho "(um apelo aliás muito pouco progressista, diga-se de passagem...).

Esperemos para ver se Miguel Vale de Almeida, LBGT activista e, até há 3 anos atrás dirigente do Bloco de Esquerda, não terá apostado no cavalo errado...
Mas uma coisa é certa, o lugar de deputado ninguém lhe tira.


Quanto a esta estratégia do PS, de querer pescar votos à extrema esquerda, parece-me simplesmente errada.
Os magníficos assessores de Sócrates já deviam ter percebido que a pescaria para esses lados nunca será abundante. E muito menos milagrosa, por razões de consciência. À excepção de 2 ou 3 batráqueos, como se pode ver...
É que o principal problema do PS não é o de ter mais ou menos gays ou "intelectuais" nas suas listas. O problema do PS é precisamente José Sócrates e o sentimento que a generalidade da população nutre por ele. Simplesmente estão fartos! Não aguentam mais as mentiras, as fantasias, os tiques de arrogância!
Mas quanto a isso neste momento já não há nada a fazer.

Dá vontade de dizer que se o PSD esconde o programa, o PS devia esconder Sócrates!


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ulrich sobe a parada

Fernando Ulrich hoje durante a apresentação de resultados semestrais do BPI:

"Peço ao sr. Primeiro-Ministro que pare para olhar para o que se está a passar no BPP".

"Os nossos governantes em vez de estarem a ir constantemente à AR prestar esclarecimentos, o que eu até entendo, deviam também perder algum tempo a pensar".

"Neste momento o BPP já constitui um risco sistémico para o sector financeiro".

Mas Ulrich continua. Vale a pena ler todas as suas declarações aqui.

E depois de Rendeiro ter sido constituído arguido, Ulrich, um gestor experiente sabe que está mais à vontade para subir a parada. E sabe também que as suas declarações terão um enorme impacto aqui no burgo.
Como é óbvio, não é correcto "obrigar os bancos a assumirem responsabilidades" [pagamento aos clientes do BPP de parte das aplicações em produtos de capital garantido através do FII, que é dotado com fundos dos bancos] que resultam de erros da supervisão."

Nota-se que os bancos estão cada vez com menos medo do Governo. E mesmo que Sócrates ganhe as legislativas, já não têm receio de dizer o que pensam, atitude que no actual clima de intimidação existente é sintomática.
Principalmente depois de terem sido empurrados para arranjar uma solução para o BPP, o que obviamente recusaram. Se a supervisão falhou, deve também assumir os custos desses erros. Bem sei que conceitos como o de assunção de responsabilidades são um pouco estranhos a alguns dos nossos supervisores. ...
Neste momento, Sócrates necessita mais da banca, do que a banca de Sócrates.

Esperemos pela reacção do animal feroz. Perdão, do cordeiro manso que não investiu o suficiente na cultura.
Estou convencido que virá pela voz de Teixeira dos Santos e não do ainda primeiro-ministro.

Qual o impacto deste episódio na imagem do Governo? Teremos de esperar para ver como pega nele a oposição (um pouco escaldada por apresentadores de biografias do Menino d'Oiro...) ou como reagirá Teixeira dos Santos.
Mas que é a agua mole, lá isso é.

Uma questão de perspectiva

O presidente do IEFP, Francisco Madelino é um bem-disposto!

Depois de o número de desempregados inscritos nos centros de empregos ter crescido 28% face ao mesmo período do ano passado, só com alguma dose de humor e boa disposição se pode afirmar que tais números apontam para uma "estagnação em termos mensais".
E pensamos nós que somos cidadãos inocentes e sabemos que este tipo de cargos é exercico por pessoas com independência política: "então o desemprego mantém-se estável, certo?"

Não! Errado. E Francisco Madelino completa: "quer no mês passado [Maio], quer este mês [Junho], os dados dão uma estagnação do crescimento do desemprego, embora essa estagnação não possa significar qualquer tipo de regozijo".

Ao menos ficámos a saber que não é para andar por aí a deitar foguetes.

Da série "Negócios à portuguesa": Aquisição da VEM pela TAP

Depois deste e deste negócios, ficámos hoje a saber que a TAP (através da sua filial VEM) irá prestar serviços à Força Aérea brasileira para poder pagar cerca de 40% de uma dívida de 89 milhões de euros ao fisco, dívida esta assumida aquando da aquisição de parte do capital da VEM em 2006.

Em Abril, durante a apresentação de resultados de 2008, Fernando Pinto afirmou: "A compra da VEM será um dos investimentos de que o grupo TAP irá se orgulhar no futuro". Num futuro longínquo, diria...

Tratou-se de um negócio sem dúvida curioso.

Vejamos:

No final de 2005, 80% da carteira de encomendas da empresa de manutenção estava concentrada na Varig.

No início de 2006 e, segundo Jorge Sobral (administrador da TAPM&E), a ideia era "criar uma organização comum com uma imagem única"; os negócios da VEM e da TAP eram "complementares";

Algum tempo depois, os planos eram outros e a ideia já seria a venda: no Relatório e Contas de 2007, a VEM não consolidava nas contas da TAP, dado que já se tratava de um investimento destinado à alienação. O prejuízo foi de 36,3 milhões de euros.

Em 2008, no entanto, o objectivo já não seria a venda e os resultados da VEM já foram consolidados. Segundo o R&C de 2007, os frutos do esforço de re-estruturação só se iriam sentir a partir de 2008. Not so quickly, my friend. Em 2008, mais uma vez prejuízo, desta vez de cerca de 30 milhões de euros.

Mas não há motivo para preocupações, já que a TAP prevê para 2009 lucros de 1,3 milhões de euros nesta sua filial brasileira!
Confesso que não sei até que ponto devo confiar nas previsões da TAP.

Fazendo algumas contas rápidas temos:
1. Dívidas (apenas ao fisco brasileiro) assumidas no momento aquisição: 148 milhões
2. Prejuízos de 2006: 160 milhões*13,5% = 21,6 milhões (no final de 2006 a TAP detinha apenas 13,5% do capital da VEM)
3. Prejuízos de 2007: 36 milhões
4. Prejuízos de 2008: 30 milhões
5. Exercído da opção de compra de 85% do capital da Reaching Force (detentora indirectamente de 90% do capital da VEM): 3 milhões
6. Prestações suplementares/Aumento de capital da VEM em 2007: 24 milhões
7. Empréstimos concedidos à Reaching Force: 16 milhões

O total dá-nos qualquer coisa como 160 milhões de euros. Não estou a ter em conta os activos no final de 2006 os quais, no caso de serem maiores do que os passivos (excluindo a dívida ao fisco já incluídas acima), contribuiram para diminuir o montante até agora "empatado" na VEM.

Como não poderia deixar de ser, Mário Lino esteve metido ao barulho e afirmou em Janeiro de 2006, a VEM é só por si "uma empresa interessante para a TAP".
Ah bom! Se é "por si só" então é outra conversa!

Algumas das interrogações dos brasileiros acerca deste e doutros negócios da TAP com a VARIG aqui.

Digam o que disserem: Sócrates na 1ª pessoa


Palavras para quê? Ainda está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor pelas estatísticas em Portugal. Mais uma razão para o nosso querido líder estar satisfeito com ele próprio.



quarta-feira, 22 de julho de 2009

Leitura Recomendada: por uma nova ética de governo

Nuno Gouveia, no Novas Políticas:

"Ao longo dos últimos anos fomos conhecendo casos de negócios ruinosos para o Estado, sem que isso tenha tido consequências para os seus autores. Ainda esta semana foi tornado público, através de um relatório do Tribunal de Contas, que o ministro Mário Lino fez um negócio com a Mota-Engil lesivo dos interesses do Estado. Sabemos que em muitos países democráticos, este ministro teria os dias contados, pois é inadmissível que este tipo de contratos sequer existam. Mas em Portugal, normalmente, os seus autores passam incólumes por este tipo de situações".

Texto completo aqui.

A Cosec, a Biometrics e a Plêiade

Estes negócios em que se avalia uma empresa em 700 vezes o seu resultado líquido têm muito que se lhe diga e devem ser feitos com toda a prudência. Só para não se correr o risco de sermos investigados e acusados pelo Ministério Público, tal como outros que avaliam em 120 milhões de euros empresas em falência técnica.

De facto, comissões de 8 milhões em negócios de 55 milhões, nem José Veiga nos seus tempos áureos.

Por coincidência o valor de ambos os negócios (Cosec e Pleiade) até é exactamente o mesmo! Mais uma razão para deixar bem explicadinha toda a lógica do negócio e da respectiva avaliação...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Leitura recomendada

O João Gonçalves e a diferença de tratamento do BPN e BPP...

Obviamente que o enquadramento de cada um dos bancos é diferente e (até ver) também os motivos que estão por detrás das dificuldades que ambos enfrentam. Mas isso não é desculpa para a indiferença com que o Governo tem encarado as dificuldades enfrentadas pelos clientes do BPP. Ou será que esta suposta indiferença está relacionada com o facto de que "a insolvência envolverá responsabilidades para o Estado muito significativas, sendo um monstro insaciável horribile dictu que a todos envolverá - num cenário de verdadeira guerra civil entre todos e com todos"??

Uma boa escolha

Vitor Bento é um boa opção para o lugar de conselheiro de Estado deixado vago por Dias Loureiro.

É conhecida por todos a sua preparação técnica, isenção política e actividade cívica da qual se destaca o trabalho desenvolvido na SEDES.

Faço votos de que não seja vítima dos ataques de amnésia que atingiram Dias Loureiro.

Grupo da Boavista na Rádio Clube de Matosinhos



Programa na RCM irá para o ar Quarta-feira, dia 22. Entre as 19h e as 20h. ( Repete sábado às 24h ) .

Tem como assistente de realização José Silva.

Joaquim Jorge convida vários autores de blogues . O tema é a Blogosfera : Os blogues e implicações na liberdade de expressão e na política

Neste programa é dada voz aos bloggers que poderão sugerir, opinar e criticar .

Há um espaço que os interessados poderão entrar em directo no programa de rádio :

1 – Via telefone através do número 22 9381756

2 - Via net através do blogue Clube dos Pensadores , na hora as opiniões dos internautas serão lidas e tidas em conta para a discussão.Esta emissão estará disponível online a partir do site RCM ou com a frequência 91.0 no seu rádio.
São convidados além do blogue Clube dos Pensadores , o Porto de Leixões , Matosinhos Online ; do Portugal Profundo , Portugal dos Pequeninos , Grupo da Boavista , Atributos , entre outros.

1 - Vítor Maganinho (Matosinhos OnLine) e (OffShore das Berlengas) - 19h10
2 - José Modesto (José Modesto) - 19h15
3 - António Balbino Caldeira (Do Portugal Profundo) - 19h20
4 - João Gonçalves (Portugal dos Pequeninos) - 19h25
5 - Francisco Castelo Branco (Olhar Direito) - 19h30
6- José Magalhães (Atributos) - 19h35
7 - João Pedro Neto (Grupo da Boavista) - 19h40
8 - Eugénio Queirós (O Porto de Leixões) - 19h45
9 - António Veríssimo - 19h50

Clube dos Pensadores

Como podem observar, terei ter o prazer de participar no programa a convite do Joaquim Jorge do Clube dos Pensadores, a quem aproveito para agradecer a oportunidade que me dá de contribuir para tão importante debate.

À atenção de Oliveira Martins

José Sócrates considera "imprudente" descer impostos nesta conjuntura.

Mas já não considera imprudente nacionalizar pelo valor de 55.000.000 EUR uma empresa que teve um resultado líquido 78.000 EUR, o que equivale a um múltiplo de mais de 700 vezes este resultado líquido. Uma empresa que, se não tivermos em conta rendimentos não provenientes do seu core-business tem resultados operacionais negativos.
Não admira pois que o BPI não só acorde a venda dos seus 50% como ainda anuncie o acordo entre o estado português e a Euler Hermes!

Mais um excelente negócio para o Tribunal de Contas analisar. Pode ser que finalmente tenha chegado a altura dos julgamentos...

Leitura recomendada: mais uma mentira de Sócrates

Sócrates: «na última legislatura, o Governo “fez um esforço ao nível dos impostos, baixando em um ponto a taxa máxima do IVA”»

O Carlos Loureiro decidiu fazer a cronologia completa da variação das taxas do IVA no Governo de Sócrates: aqui.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

As jardinices de Saramago

Eis umas reflexões do mais conhecido dos portugueses a viver em Espanha (destronado há dias pelo CR9...). O texto é fresquinho e tendo em conta o seu conteúdo aqui fica a "transcrição". Esperemos não vir a ter o editor à perna por causa de algum direito de autor. Sim porque um escritor profissional vive de Direitos de Autor...
Julho 20, 2009 por José Saramago

A anunciada proposta de lei de revisão constitucional do inefável Alberto João, como carinhosamente o tratam os seus amigos e seguidores, tendo claramente um gato dentro, não perde tempo a esconder-lhe o rabo. Louvemos-lhe a franqueza. Jardim quer ser, com direito a veto por causa das moscas, presidente da região, e é lícito pensar que já alimentava tal ideia na cabeça quando deixou antever, tempos atrás, ainda que com um cauteloso grau de nebulosidade vocabular, o seu abandono da política, dando-nos um gosto que afinal, como as rosas de Malherbes, viria a durar pouco. A inteligência de Jardim não é nada do outro mundo, mas, em compensação, a sua esperteza parece não ter limites. Como limites parece não ter a nossa ingenuidade. Imaginar aquele Berlusconi madeirense fora dos salões e dos gabinetes reservados do poder era o que se poderá chamar um não-ser absoluto, uma contradição em termos. Jardim nasceu para mandar e mandará até ao seu último suspiro. Detestando Portugal como detesta, nunca aceitaria ser presidente da República, bastar-lhe-á sê-lo de Madeira, Porto Santo e Selvagens. No fundo, o que a proposta de lei pretende é estabelecer em Portugal uma constituição configurada à sua própria medida, isto é, curta, redonda, sem bicos.
Uma das pontas incómodas que o querido “leader” madeirense desejaria capar é o negregado comunismo. Receio bem que venha a partir os dentes no intento. Os comunistas têm uma longa e dura experiência de vida na clandestinidade, ilegalizá-los equivaleria a ter de levantar todas as pedras espalhadas por esse Portugal fora para ver se haveria algum escondido debaixo delas. O mais interessante nas próximas horas será o festival de falsos patrotismos que explodirá na Assembleia Regional, com os oradores abraçados às insígnias locais e algum possível espezinhamento e queima da bandeira das quinas por causa dos dois terços de cor vermelha que congestionam ainda mais as rubicundas faces de Jardim. Também será interessante ver como Manuela Ferreira Leite, esse lince da política continental, descalçará esta bota. Recomendo aos meus quatro leitores que estejam atentos aos acontecimentos. Vão ter algo que contar aos seus netos.
Publicado em O Caderno de Saramago

O ritmo biológico/político de Sócrates

Algo de errado se passa com o nosso primeiro-ministro.
Basta reparar na cadência de promessas dos últimos dias para perceber que o ritmo biológico de José Sócrates se alterou radicalmente.

Se há uns meses o ritmo de anúncios de novas medidas era quinzenal (por mera coincidência essas promessas sempre eram feitas nos debates quinzenais no Parlamento), as Novas Fronteiras deram o impulso que faltava e agora a novidade é a decisão de complicar ainda mais o licenciamento de novos edifícios. Ou seja, o tipo de medida que o mercado imobiliário precisa para voltar a reestabelecer-se.

Se o ritmo sofreu uma acelaração, a imaginação já manisfesta sinais de abrandamento. Vejamos: primeiros cinco mil carros, cinco mil euros. Lição do nosso querido líder: para quê complicar quando é tão fácil dar ares de progressista?

Fiscalidade: a arte de depenar o ganso de modo a obter o máximo de penas, com o mínimo possível de grasnidos

A frase é atribuída ao famoso ministro das Finanças de Luís XIV, Colbert. Consta que trabalhou como banqueiro em Santarém e com o pai do Luis de Camões, pelo que não é de estranhar ter tão fieis seguidores em Portugal.

De acordo com o Eurostat, Portugal passou de uma receita fiscal de 34,3% do PIB em 2000 para 36,8% do PIB em 2007.

Já na Europa a 27 a evolução foi, no mesmo período, de 40.6 para 39.8. Os impostos sobre o trabalho sobem 3 pontos percentuais.

Para além do aumento da carga fiscal, as explicações também poderiam residir em factores como a melhoria da eficiência fiscal e a redução da fraude e evasão fiscal. Poderiam, não é? Mas de facto devem-se a isso? Então porque é que é de 2006 para 2007 (é só ver o quadro) existe um brutal agravamento dos impostos sobre o trabalho e o capital? A eficiência apareceu de rompante em 2007?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O TGV e as viagens de negócios

Voltando ao debate sobre o TGV Lisboa-Madrid, gostaria de voltar a chamar a tenção para uma tendência que se observa no mundo empresarial e que tem obviamente um enorme impacto no número de passageiros: o declínio no número de viagens de negócios.

Os números não enganam: o número de passageiros que viajaram em business ou first class no primeiro semestre de 2009 diminui 17% em todo o mundo e as respectivas receitas 20% (fruto de agressivas campanhas comerciais) face a igual período de 2008.

Alguns poderão argumentar que se trata apenas dos efeitos da actual crise e que dentro de alguns meses esta tendência inverter-se-á. Infelizmente as empresas não estão de acordo.
De facto, multinacionais como a Procter & Gamble, a HP ou a Cisco incentivam os seus funcionários a que aproveitam cada vez mais as vantagens dos avanços tecnológicos como, por exemplo, a video-conferência ou a "tele-presença".

Estamos, de facto, perante um declínio estrutural no número de viagens de negócios.

Este factor já foi antes aqui referido no blog. Na altura tratava-se de uma percepção pessoal e profissional. O artigo da The Economist parece que vem dar razão a todos os que consideram o investimento no TGV Lisboa-Madrid como incerto no que diz respeito à sua rentabilidade, quer económica, quer social.

Como é óbvio não é razoável esperar que em 2030, o número de passageiros diários entre Lisboa e Madrid seja de 24.500, ou seja, apenas 600% acima do tráfego aéreo observado entre as duas capitais no primeiro quadrimestre de 2009...

E também não á razoável esperar que o tráfego Lisboa-Madrid equivala a 83% do tráfego diário Lisboa-Porto. Convenhamos que, apesar de tudo, o eixo Lisboa-Porto está "ligeiramente" mais integrado do que o Lisboa-Madrid...

Sim, já sei que há que ter em conta factores não directamente mensuráveis como, por exemplo, o custo da não existência deste eixo ferroviário de alta velocidade. E sim, é verdade que, como escrevia Pedro Guerreiro há cerca de um ano, a economia não são só finanças.
Mas se estes factores sociais, políticos, económicos mas não directamente mensuráveis, podem servir de justificação para este investimento, o mínimo que podemos pedir é que o governo não nos inunde com projecções irrealistas.

Pelo que me apercebo já faltou mais para que Sócrates, Lellos, Linos, Silveiras e companhia, venham acusar de "forças de bloqueio" quem afirme que é duvidosa a possibilidade de integrar o novo Porto de Lisboa com o TGV, no sentido de fomentar o transporte marítimo de mercadorias entre São Bento e La Moncloa...

terça-feira, 14 de julho de 2009

António Nunes: livre para fumar

De acordo com esta notícia, está cada vez mais próximo o dia em que António Nunes poderá dar umas passas nos casinos sem que ninguém o incomode.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Leitura vivamente recomendada: Quem é afinal o fascista?

"Quem é afinal fascista ? O Salazar à beira destes senhores é um aprendiz."

A susbstituição de Teresa Dias Mendes no cargo de editora de Política na TSF, no Clube dos Pensadores. Ler texto completo aqui.

domingo, 12 de julho de 2009

(Re)volução?

Eu sei que o tema não é propício à angariação de votos. E também sei que uma considerável parte da turba partidária, nem sequer tem consciência da gravidade da questão. Não obstante, gostaria de saber qual a opinião dos partidos da oposição quando José Sóctrates e o PS põem em causa os fundamentos da democracia portuguesa.


1. Rui Cardoso:
"sendo o Ministério Público quem dirige a acção penal e a investigação, a ele deveria caber a gestão do Sistema Integrado de Informação Criminal e nunca a um órgão do Governo". O dirigente do SMMP fala também de um "ataque à autonomia do Ministério Público" (MP), dizendo que algumas alterações feitas ao estatuto do MP, são "claramente violadoras da Constituição".

2. Marinho Pinto:
"cada vez mais assuntos jurídicos que são retirados dos tribunais para instâncias que não têm condições para administrar a justiça". Trata-se de "um perigoso retrocesso civilizacional"

"Com o aumento das custas e desjudicialização, é fácil ao Governo vir dizer que as pendências processuais nos tribunais diminuíram. É fácil reduzir as listas de espera nos hospitais se impedirem os portadores de certas doenças de os utilizarem"

3. O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) diz que o balanço da justiça, nos últimos meses do ano, é "negativo" e para isso "contribuiu, muito profundamente, a obrigatoriedade do uso do sistema informático CITIUS e a desmaterialização dos processos".

"O sistema informático [CITIUS], aliado à desmaterialização, constitui o mais recente e grave desastre na justiça. Se não for travado rapidamente irá ter reflexos negativos ainda mais profundos do que os da reforma da acção executiva", alerta António Martins, em declarações à Lusa.

Churchill e a percepção dos perigos do socialismo

in The Blair Years - Extracts from the Alaistar Campbell Diaries

"Tuesday, July 8.

Madrid, NATO summit. Unbelievably gorgeous hostesses. During the break, it became clear that Clinton and Tony Blair felt exactly the same. There was a bizarre scene during a break, in the Gents. Several leaders, including Clinton, Tony Blair, Prodi, Kok and Kohl, where all having a pee in a row of stand-up urinals. Clinton turned around and said "isn't this the greatest picture that was never taken?". Blair told him told the story of the time Churchill moved away from Attlee (primeiro-ministro trabalhista entre 1945 e 1951) while they were peeing together. Attlee looked hurt. Churchill explained:"Every time you see something big you want to nationaliste it.""

A prudent man, Sir Wiston Churchill...

Avançar Jorge Coelho

O Ministério Público prepara uma investigação ao contrato de exploração do Terminal de Alcântara. Como já todos tínhamos percebido, existem suspeitas de que o Estado tenha sido prejudicado na concessão, por ajuste directo, à Liscont.

Inqualificável esta forma como o Tribunal de Contas se erige como mais uma força de bloqueio aos interesse de Portugal, de Mário Lino, da Mota Engil e do Dr. Jorge Coelho!

Mário Lino prudentemente (não se sabe se sob o efeito de alguma mordaça colocada por Sócrates e Vital Moreira), prefere não comentar; quanto ao Jorge Coelho remete explicações para a Liscont.

Tudo normal no reino dos ajustes directos cor-de-rosa.

sábado, 11 de julho de 2009

Louçã ensaia com os melhores...


(Público)

Caro Francisco, o discurso de ontem à noite não lhe saiu mal: as críticas à "supervisão que fechou os olhos, não quis saber e não quis que se soubesse"; aquela do Vítor Constâncio aparecer agora "mal agradecido a dizer que o Parlamento cuja maioria o protegeu nem sequer devia ter feito a investigação que fez".

Mas, ontem à tarde, não tínhamos combinado usar palavras mais fortes?

Desta vez passa! Mas, na próxima, queremos esse discurso mais ensaiado!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Outras visões do supervisor




Como o compreendo Senhor Governador! Como concordo com V. Excia!!

De facto, nas conclusões do seu relatório, a comissão parlamentar de inquérito dispensou "o rigor dos factos, o tecnicismo da análise e a justeza dos conceitos".

O mesmo rigor, tecnicismo e justeza que, tivessem sido empregues, teriam concluído que V. Excia não apenas não possui uma "supervisão" como não vê mesmo um palmo à frente.

Honra lhe seja feita, Senhor Governador. V. Excia encarna o verdadeiro espírito de portugalidade: o do pobre e mal agradecido!

Porto Ferreira *

Ainda a propósito de Elisa Ferreira, vale a pena ler (*) Gabriel Silva, no Blasfémias.

Rui Rio: 55,2%. Elisa Ferreira: 23,5%. Rui Sá: 9,2%. Teixeira Lopes: 8,1%. Dados da sondagem publicada no GRANDE PORTO de hoje.

Há 8 anos, o PS/porto cometeu o grave erro de pensar que poderia recandidatar quem abandonara os portuenses em troca do prato de lentilhas. Há 4 anos candidatou um forasteiro que se encontrava instalado no Parlamento Europeu. Este ano resolveu apresentar uma candidata vou-ali-e-já-venho que acaba de ser eleita para o Parlamento Europeu. Nas 3 ocasiões, o PS/porto foi incapaz de apresentar um candidato que desse garantias de se dedicar ao serviço da cidade e dos portuenses. Sendo que um erro é chato, mas acontece a qualquer um, dois é estranho e 3 é estupidez, parece que há um intenção da estrutura socialista local em não querer de todo ganhar a câmara.
Só quem não conhece, já não digo bem, mas pelo menos minimamente os portuenses, poderia sequer ter pensado que estes aceitariam ponderar escolher alguém, que independentemente das suas boas ou assim-assim qualidades políticas, se apresentasse de alguma forma comprometido com interesses estranhos à cidade.
A novela que se tem vindo a desenrolar no interior do PS/Porto por estes dias, que levam mesmo à intervenção directa do secretário-geral socialista, é indigna da cidade e de um partido que pretenda apresentar-se seriamente aos portuenses. Elisa Ferreira não era inicialmente má candidata, pelo contrário. Mas desde o princípio não foi bem vista pela pequena e bafienta elite socialista local. E cometeu o erro pessoal de pretender assegurar o seu ganha-pão em duas frentes simultâneas. O que foi mortal à sua candidatura. Não que seja agora fácil recuar, mas Elisa já devia ter percebido que não tem hipóteses, mesmo a nível interno do partido que supostamente a apoia, e deveria tentar retirar-se com alguma dignidade, não aceitando sujeitar-se ao enxovalho que os caciques socialistas locais lhe tem vindo a fazer nestes dias.

Pedroso e a agenda de Sócrates

Segundo Paulo Pedroso, "foi errado aquele sinal do jantar com António Carrapatoso". Acho curioso que Pedroso nem sequer se tenha pronunciado sobre o serviço de mesa de Manuel Pinho, a qualidade do vinho ou a simpatia do anfitrião. Não! Simplesmente afirma que não deveria ter havido jantar.
No mínimo, cómico.


A vida política é mesmo muito dura. O nosso primeiro-ministro já nem sequer pode matar saudades dos tempos de militância social-democrata!

Que fique bem claro: a partir de hoje, a agenda de José Sócrates passa a ser gerida centralmente por Paulo Pedroso. Se não, lá se vai a aproximação à ala mais esquerdista do Partido Socialista.

A novela continua

É lamentável (e inclusivé confrangedora) a situação em que se encontra a campanha de Elisa Ferreira.

Muito já foi dito e escrito em várias sedes. Também já o fizemos aqui no blog mais do que uma vez e pouco mais haveria a acrescentar, não fossem as notícias de total abandono de Elisa Ferreira por parte do PS.

Como escreveu o Miguel:

"Esta dupla e esquizofrénica candidatura que foi testemunhada pelos portuenses em outdoors colados com fotografias da candidata com a sua "dupla personalidade" trata de assegurar o "tacho a todo o custo", algo que, em abono da verdade, o currículo académico e profissional da candidata verdadeiramente dispensava, relegando para último plano os interesses da comunidade, da causa pública e os valores mais nobres da política.

Está visto que Elisa Ferreira está-se nas tintas para a cidade do Porto e para os Portuenses."

Elisa Ferreira sabe que tem garantido um lugar no Parlamento Europeu e deverá saber que conduzirá o PS a uma derrota histórica no Porto. É notório que se está nas tintas para a cidade.

Agora percebemos que o Partido Socialista também se está nas tintas para Elisa Ferreira.


Trata-se apenas de mais uma manifestação de que a virtude da lealdade, como já o dissemos aqui, não está muito na moda para os lados do Rato (e também na rua de Santa Isabel, neste caso). No fundo, não se trata de nenhuma novidade. Que o digam (e já disseram...) Leonor Coutinho ou Sónia Sanfona.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Enlaces...


Enquanto o PS do passado vai namorando Louçã, o futuro PS está prestes a casar com o Zé...

Leitura recomendada: Sócrates e a "Fortuna"

Bruno Alves, no Desesperada Esperança:

"António Costa acha que o Governo teve o azar de apanhar pela frente a "cheia" da crise internacional, que terá impedido Sócrates de colher os frutos das suas "reformas". O problema é que essas "reformas" não foram reformas nenhumas: Sócrates sofreu o "furor" da "cheia" porque não se preparou para ela nos "tempos calmos"."

Texto completo aqui.

Não é "atitude". É "carácter"

Como se avalia a qualidade dos assessores de comunicação de um partido?
Precisamente pelo tipo de mensagem a que sujeitam os seus clientes. Não sei quem serão os consultores do PS (para além da Blue State) para as próximas legislativas, mas a julgar pelas palavras (já bem "regadas"?) proferidas pelo querido líder no jantar de final de sessão legislativa, o grupo dever ser composto por uma mistura de assessores do PSOE e de estivadores, daqueles que ontem fizeram uma pequena visita à AR. Ou seja, gente do melhor!

Mas centrando-nos no repasto de ontem à noite, o que nos continua a chamar a atenção é a insistência no caminho trilhado pelo (ou para) o PS: o da insinuação rasteira.

Senão vejamos:
José Sócrates afirma que a oposição possui
"uma agenda escondida de privatizações". Muito bem, senhor primeiro-ministro! Nunca ninguém tinha ouvido falar em tal agenda. Essas supostas privatizações aparecem em algum dos programas eleitorais até agora divulgados pela oposição? Se não aparecem só nos resta conluir que Sócrates anda agora a cuscovilhar os objectos pessoais dos seus adversários políticos! Com que então a escutar atrás das portas, hã?! Menino feio!
E se não tem provas das insinuações que faz, só nos resta fazer nossas as palavras dos tais estivadores. É que já estamos todos fartos do politicamente correcto "faltar à verdade". Faltar à verdade, na minha terra chama-se mentir!

Já agora: essa agenda nunca poderia ser assim tão grande, dado que nos últimos 20 anos o PS tem vindo a privatizar quase todas as empresas públicas...

Sócrates disse ainda (imagino que a hora já iria bastante adiantada e o clima de festa imperaria) que
“sempre que o PS passa pelo Governo deixa as políticas sociais melhores”. Diria antes que tendo em conta os números galopantes do desemprego e do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção, o que os governos PS têm feito é aumentar a necessidade de melhores políticas sociais...

E em relação ao combate que se avizinha, "caro" primeiro-ministro, não se trata de um combate de "atitude", mas sim de "carácter", como aliás demonstram as suas palavras no jantar de ontem.

P.S. - Senhor primeiro-ministro: a "tempestade" ainda não acabou. Falta ainda o furação que o irá levar de volta para a Cova.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Jornalismo com errata


Acredito em artigos a pedido, por encomenda, e também nos voluntariosos, uns e outros destinados a agradar o poder, a desviar atenções, a fazer equilibrios, em que factos são omitidos, em que verdades são construídas, criadas, recriadas, sobretudo por interesse, por vezes aliado ao puro prazer da recriação. E acredito inclusive que estes artigos possam ser publicados sob a capa do jornalismo.

Foi hoje dado à estampa do Jornal de Notícias um artigo que, após devidamente epigrafado de "Dinheiro de luvas terá ido parar ao PSD", relata como destacados militantes do PSD, bem como o próprio partido, terão beneficiado de um milhão de euros em notas resultantes de luvas por negócios ruinosos, relacionados com a alienação, pelos CTT, de dois edifícios, um em Coimbra e outro Lisboa.

Acredito que só injustamente poderia aplicar o meu intróito ao referido artigo.
Acredito que tal texto tenha involuntariamente esquecido - ou até desconhecesse - que o ex-vereador socialista e presidente da Comissão Política Concelhia de Coimbra do PS, Luís Vilar, era o consultor e intermediário nesse negócio, tendo negociado uma comissão de 5% sobre o valor da venda (que curiosamente veio a fixar-se em 20 milhões de euros...); ou que, num outro processo, Luís Vilar esteja acusado de envolvimento activo na angariação de fundos para financiamento ilegal do PS; ou mesmo o facto de, no processo dos CTT, terem sido constituídos arguidos todos os elementos do executivo camarário do mandato 2001-2005, fossem eles do PSD, do CDS, da CDU ou do PS...

Acredito, apesar de tudo, na bondade e na genuinidade do artigo e do respectivo articulista. Acredito nas suas involuntárias omissões, nas suas incontroladas construções, na sua isenção face ao poder e aos interesses deste, na sua imunidade a pedidos ou encomendas, e sobretudo na sua vontade de ostentar o rótulo de jornalismo de qualidade.

Desta vez não foi bem sucedido. Mas o erro faz parte de qualquer processo de aprendizagem. Acredite-se...


Uma no cravinho outra na ferradura

João Cravinho defendeu a participação de Manuel Alegre na elaboração do programa de governo do PS.
Segundo o administrador do BERD, José Sócrates deveria “convidar Manuel Alegre a responsabilizar-se, conjuntamente com Vitorino, pela elaboração de um programa de governo, para uma síntese daquilo que deve ser a posição do PS no sentido de congregar em torno de um núcleo forte de princípios, propostas eleitorais [em] que se perceba nitidamente que a esquerda se possa rever nelas”. Ou seja, uma bela duma saladinha russa para agradar a gregos e troianos.

Como é óbvio, tal não acontecerá.

Antes de mais, porque Manuel Alegre revela uma maior inclinação (e dizem que também talento) para a poesia e a prosa indigesta do programa eleitoral do PS não é capaz de atrair a mais paciente das almas (sem contar obviamente com a polivalente Dianta Mantra/Julião).

Por outro lado, o próprio Alegre, revelando-se como homem de fé, apressou-se a dizer que “seria preciso um milagre para eu mudar e nestas coisas os milagres são difíceis”. Ou seja, a parada ainda está demasiado baixa.

Calculismos eleitorais à parte, o que mais estranha no meio desta sugestão de Cravinho, é a perfeita indiferença com que este encara a hipotética elaboração de um programa eleitoral baseado em convicções tão diferentes e até contraditórias como as de Vitorino e de Alegre.

Sendo a corrupção uma das especialidades de Cravinho, é caso para perguntar se não estaremos perante mais uma caso de corrupção intelectual...


A culpa é do primo do tio do vizinho...


Os maus resultados nos exames nacionais de Matemática deveram-se:
a) À instituída falta de exigência e de qualidade no ensino;
b) À difusão, pela comunicação social, da ideia de que os exames eram fáceis;
c) Às alterações climáticas associadas à chegada da Gripe A.

Apesar das compreensíveis dúvidas, a resposta certa é a b). A Senhora Ministra da Educação dixit.

Mas, caro leitor, não desespere caso tenha respondido c). Ontem mesmo, o Secretário de Estado Valter Lemos atribuía igualmente as culpas à Sociedade Portuguesa de Matemática e a partidos e pessoas com responsabilidades políticas...

Como se alguém sentisse a tentação de imputar responsabilidades ao Ministério da Educação! Como se fosse possível responsabilizar os irresponsáveis...

terça-feira, 7 de julho de 2009

A propósito da Gripe A, das grandes obras públicas e de democracias como a nossa

Talvez de forma a completar o post anterior, convirá referir que "democracias como a nossa" onde se canalizam milhões para obras de regime, se caracterizam também por miserávies sistemas de saúde. Veja-se o caso da gripe A que vem chegando de mansinho e que só nas ultimas 24 horas registou 9 casos, aumentando para 57 o total de casos em Portugal. Ainda assim o governo português decidiu avançar com uma pré-reserva (sim, não é reserva, é mesmo pré-reserva) de vacinas para....30% da população. Aquela Srª com ar de desapego pelo cargo que ocupa (leia-se Ministra da Saúde) ainda assim acha que tudo isto ainda não é coisa para alarmes, limitando-se a aconselhar os portugueses para terem “comportamentos que dificultem propagação do vírus” (com tudo o que isto venha a querer dizer). Eis o principio daquilo que se me afigura mais um "bugg" do governo Socrates, o problema é que agora o virus é real.

A ler: TGV

A propósito das grandes obras públicas, o economista Luis Cabral afirma :

"Democracias como a nossa — em que o governo normalmente domina o Parlamento e todo o aparelho de Estado — revelam um desequilíbrio perigoso: a tendência dificilmente controlável para a grande obra pública"

Ler o resto do texto aqui.

Ana e Elisa Retroactivas

E agora Ana? E agora Elisa? Estão satisfeitas convosco próprias?

O PS já estava suficientemente dividido. Mas agora é Alegre quem pressiona Ana Gomes e Elisa Ferreira a renunciar ao seu lugar no Parlamento Europeu.
Que margem de manobra têm ainda estas duas candidatas autárquicas e/ou europeias?
Com que cara farão campanhas junto dos seus potenciais eleitores?

Se não é democraticamente correcta a dupla candidatura de Ana e Elisa, não me parece que anunciar "leis "com efeitos rectroactivos seja propriamente o mais justo. Enfim, labirintos onde o PS tanto gosta de se meter. Deve ser a vertigem do risco...


Sanfona dá-nos música...


Desengane-se quem pensava que a sanfona era unicamente utilizada na música tradicional italiana!

Ontem mesmo ficámos a perceber que, também por terras lusas, a sanfona nos dá música: que alegra o supervisor e faz dançar ministros...

30.000 mil professores colocados em espectacular concurso

Mais um feito irrepreensível. Ainda falam mal da TVI. O pior concurso de todos os tempos é um sucesso televisivo. Não é um novo big brother, mas sim a 1ª fase do concurso de professores 2009. Não estava à espera que funcionários com mais de 10 anos ininterruptos de exercício de funções como professores deixassem de estar sujeitos a contratos anuais, uma prática completamente ilegal em qualquer empresa privada, mas nunca pensei que corresse tão bem.

Umas horitas antes de se conhecerem os resultados, o Secretário de Estado Valter Lemos fez questão de passar o headline à comunicação social: "30.000 mil professores colocados". Evidentemente que destes 30.000, a maioria pertence já aos quadros, tendo apenas ficado a conhecer a escola onde, em princípio, irá leccionar nos próximos 4 anos. Em termos práticos,fica de fora um significativo número de professores que ainda não sabe onde vai leccionar. As novas contratações são 417 professores, o resto é "apenas uma dança de cadeiras" que resulta das embrulhadas em que este Ministério da Educação enfia os professores.

Uma nota para os cerca de 200 professores de espanhol que entraram para os quadros. A procura desta disciplina é um bom indicador sobre as perspectivas de futuro das gerações mais novas e da confiança no nosso País.

Quem tiver curiosidade em perceber os problemas dos professores pode dar um salto ao fórum do Educare, por exemplo. E já agora, quem tiver o email do Pedro Duarte, um especialista em educação da bancada do PSD, que lhe envie o link, para ver se finalmente se ouve dizer alguma coisa de jeito sobre este assunto que afecta tantos professores e respectivas famílias hoje, e que irá afectar todos os portugueses daqui a uns anos.

Prémio "Afinal ainda pode sair um TGVzito, digo eu apesar de não ter dado um passo a acompanhar o Rangel durante a campanha"

"Quando formos governo não vamos riscar tudo, como é óbvio [referindo-se aos grandes projectos de obras públicas]. Vamos estudar caso a caso"

António Borges, vice-presidente do PSD, Jornal "i", 6-7-2009

Onde tem andado AB nestes ultimos tempos para vir falar com tão alto grau de propriedade? Acho imensa piada a estes reservistas galardoados...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Diagnóstico ao BdP


Na versão final do relatório da Comissão de Inquérito Parlamentar ao caso BPN, a relatora e deputada socialista Sónia Sanfona iliba o Banco de Portugal de falhas na sua acção fiscalizadora, considerando unicamente que Vítor Constâncio podia ter sido mais diligente...

Está, pois, feito o diagnóstico ao, em todos os sentidos, paciente Banco de Portugal: a supervisão sofria de um lamentável problema de hipovisão!
Claro está, perfeitamente desculpável...

Política de mentira.

Como todas as mais recentes decisões do Partido Socialista, a de impedir a dupla candidatura às eleições autárquicas e legislativas, soa a falso. Soa a pura manobra política, na pior acepção da expressão. Não admira pois, que o partido se encontre extremamente dividido.

Se repararmos bem, as manobras socialistas nunca têm a sua origem em convicções ou no reconhecimento de erros "substanciais", mas estão sempre relacionadas com a forma, a imagem , o impacto na opinião pública e nas hipotéticas intenções de voto.

Foi assim com a PT. Depois da anedota que Sócrates contou aos portugueses de que não estava informado acerca da operação de aquisição de 30% da Media Capital (e do reconhecimento implícito da preocupação com a linha editorial seguida pela TVI), veio a justificação para a proibição da operação: "o governo não quer que haja a mínima suspeita". Ou seja, o que está em causa não é o interesse público, mas sim a imagem do governo!

O mesmo se passou com Pinho; o que esteve em causa não foi o seu desempenho desastroso à frente do Ministério da Economia (por vezes o ministro dava-se ao trabalho de "safar" (sic) uns quantos empregos), mas sim a sua imagem e a do governo.

Já para não falar do momento de comoção que Sócrates provocou no país com a sua patética entrevista a Ana Lourenço.

E o mesmo acontece agora com esta proibição de duplas candidaturas.

Algumas questões afloram à nossa mente a propósito de mais esta hipocrisia política:

- O que há de substancialmente diferente entre as europeias e legislativas que justifique a diferença de critério? A esta pergunta João Tiago Silveira, entretido a colar etiquetas no símbolo do PSD que tem no seu quarto, não responde.

- Se Ana Gomes e Elisa Ferreira não tivessem já garantido o seu tacho em Bruxelas, a decisão seria a mesma? Como reagiria Ana Gomes? Imagino que do mesmo modo que Leonor Coutinho que sabe agora, a meio do "jogo", que vai ficar sem o lugar no Parlamento e perder a Câmara de Cascais para Capucho...mas claro Leonor Coutinho não tem o mesmo peso de Ana Gomes...(e nem que sequer produz o mesmo sound-bite)

- como pode Elisa Ferreira afirmar que sente o apoio "suficiente" do PS à sua candidatura à Câmara Municipal do Porto? Suficiente? Não será com certeza suficiente para evitar uma derrota histórica do PS no Porto...ou mesmo para não ter de ouvir declarações das do género de Pedro Baptista, dirigente do PS/Porto, que diz que se trata da "vitória dos princípios. Esperemos que no Porto estas directivas sejam cumpridas".

Enfim, uma série de questões às quais o PS, apelará à Blue State Digital para que lhes dê resposta...

sábado, 4 de julho de 2009

West Coast

sexta-feira, 3 de julho de 2009

De Barrancos para o Parlamento


Como bem observa Carlos Abreu Amorim, o PS desistiu de quase tudo aquilo que jurava ser inadiável há menos de um mês: TGV, aeroporto, terceira auto-estrada Lisboa-Porto, nova ponte sobre o Tejo, portagens nas ‘SCUT’, casamento ‘gay’. Importando ao PS unicamente ganhar as eleições, chegou o momento de retirar do debate tudo o que cheire a polémica.

Só por isso não percebo: por que razão resolveram, em final de mandato, recuperar um tema tão polémico como as touradas de morte?
E trazendo a prática para solo parlamentar, quando o regime de excepção estava limitado a Barrancos!

A qualidade das perguntas sobre a qualidade da democracia

O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa divulgará hoje os resultados do estudo A Qualidade da Democracia em Portugal: A Perspectiva dos Cidadãos.
51% dos inquiridos mostram-se insatisfeitos com a qualidade da democracia em Portugal.

Creio contudo que é necessário introduzir um novo indicador a avaliar neste tipo de estudo: qual a qualidade das perguntas que são feitas sobre a qualidade da democracia? Afinal de contas, a qualidade da democracia também depende, ainda que de uma forma reduzida, da qualidade dos seus "pensadores".

E porquê este novo indicador? Uma das perguntas incluídas no referido estudo é a seguinte:
"Concorda com a frase: os processos judiciais não são tão complicados que não valha a pena uma pessoa meter-se neles?"

Desculpe? Importa-se de repetir?

Muito bem, aqui vai de novo: "Concorda com a frase: os processos judiciais não são tão complicados que não valha a pena uma pessoa meter-se neles?"

Pois...eu também não percebi! Que raio de pergunta é esta? já estou há cerca de meia-hora a tentar perceber o seu sentido e confesso que não consigo! E para não pensarem que sou (assim tão) burro, basta ver que o número dos que respondem "sim" ou "não" divide-se exactamente ao meio!

Leitura Recomendada: Acção/Reacção

A ler "A próxima primeira primeira-ministra" (ou a reacção a esta notícia), por LR.

Sou obrigado a concordar: ser líder partidário e não ter assento no Parlamento não é propriamente agradável.

O ponto de partida

(Fonte: Expresso)

No último acto eleitoral dissiparam-se quaisquer dúvidas sobre o valor das sondagens!
E, bem assim, da forma como, aos olhos da Eurosondagem, o eleitorado sobrevaloriza o PS...

Daí que este empate técnico seja um momento assinalável!
Ainda por cima quando o estudo de opinião foi efectuado entre os dias 25 a 30 de Junho, ou seja, em data anterior à da abertura da "época tauromáquica".

Está na altura do PSD mostrar que não precisa de mais ajudas do PS para ganhar as próximas eleições.
Porque estes "indicadores" não são o ponto de chegada, antes o ponto de partida!

Agora a NOSSA vida vai ser outra

Como anda a política em Portugal...

Com (ex)-ministros deste calibre, muito mal vai o nosso país. Esta entrevista é absolutamente deprimente (ao que ajuda o ar de abatimento da entrevistadora...) e reveladora da falta de preparação técnica, desonestidade intelectual e do estado de bajulação instalado no nosso país em redor de quem menos o merece (o senhor Sócrates).
Onde irão desencantar estes artistas que nos governam e fazem tanta questão em falar de si próprios?


Dá-lhes música

Segundo o Público, a pianista Maria João Pires, renunciou à nacionalidade portuguesa porque se fartou “dos coices e pontapés que tem recebido do Governo português".

Primeira dúvida: qual o papel de Manuel Pinho nesta história dos coices e pontapés?

Segunda questão: se todos tomarem uma decisão semelhante à de MJP, quantos portugueses nos restarão? Imagino que dois ou três, entre os quais, José Sócrates, João Tiago Silveira, Vitorino e pouco mais...

Não sei em concreto quais as razões de queixa de MJP, mas imagino que Luis Amado não partilhe do seu modo de viver o patriotismo, pois se o fizesse, e tendo em conta que nem um aperto de mão consegue arrancar ao nosso primeiro-ministro, há já muito que teria emigrado.

Mas desengane-se quem pretenda acusar Maria João Pires de falta de patriotismo! Ela vai mas fica! Renunciou à cidadania portuguesa mas não aos concertos em Portugal. E só para chatear, aposto que esses espectáculos vão ter entrada livre e MJP não irá ganhar um tostão com esses espectáculos. Ah! E está fora de questão a entrada de qualquer membro do executivo, pois que isto de tocar piano e levar ao mesmo tempo levar uns valentes pontapés não está sequer ao alcance das mais brilhantes intérpretes, como é o caso de Maria João.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O primeiro-ministro fez caretas!!

Caretas também dá direito a demissão na hora?

Como largar lastro até às eleições













Jaime Silva poderá fazer um manguito.
Maria de Lourdes Rodrigues poderá deitar a língua de fora.
Mário Lino, pelo seu longo historial, terá de esticar o dedo do meio...

Sócrates deixa cair Pinho

A vontade já existia. Faltava o pretexto. Pinho era um fardo para este Governo. Uns corninhos na Assembleia da República e a coisa ficou resolvida. Logo PIN(ho) que era tão bom ministro.

Sócrates mostrou toda a sua solidariedade com os seus ministros e "aceitou" a sua demissão. Não surpreende... na linha do Plano Tecnológico e depois da empresa na hora, acaba de introduzir a DEMISSÃO NA HORA (só que com esta medida quiz fazer uma surpresa e guardou-a para o final do debate!)

O que terá a "lufada de ar fresco" do PS a dizer sobre isto? Teremos conferência de imprensa na RTP?

Os Cornos de Pinho - Parte II



Que me desculpem os ilustres autores dos dois posts anteriores, mas não resisti em colocar aqui esta pequena ilustração da situação. Uma imagem vale por mil palavras.

O bicho é manso...



Depois de, esta tarde, Manuel Pinho ter deixado sair o animal que parece habitar em si, perguntaram a Santos Silva se, estando ele na oposição, pediria a cabeça do ministro Pinho.

Ora, dizem os especialistas que, numa excepcional faena, podem os toureiros levar as duas orelhas e o rabo do bicho! Já a cabeça parece-me excessivo... Porque, apesar de algumas incursões mais enérgicas, o animal é manso!

Os cornos de Manuel Pinho

Terá Manuel Pinho, durante o debate parlamentar de hoje, recebido algum SMS com notícias menos agradáveis? Esperemos que não. Não obstante e, sejam quais forem os problemas pessoais que enfrenta, o nosso querido ministro com certeza que os saberá ultrapassar com muita Mayzena. Grande homem que ali temos!


quarta-feira, 1 de julho de 2009

PSD falta à verdade

Os comentários do PS sobre o forte abalo da política de Verdade são um mero prenúncio do que nos espera na próxima campanha eleitoral:

Um PS "à la Vital Moreira", com umas figuretas de 2ª linha a fazer o trabalho sujo e o ex-PM a apresentar a "obra feita".
Aliás, está neste preciso momento a ser estudada a possibilidade de construir um "Second Portugal", onde qualquer contribuinte com os impostos e contribuições para a segurança social em dia (ou não, depende do contribuinte) se poderá registar e, virtualmente, viver num país fantástico onde o desemprego atinge os 100% porque por e simplesmente não é necessário trabalhar (note-se que em universos virtuais também não é preciso comer, pelo que o trabalho é perfeitamente dispensável). Quem não tiver computador poderá encomendar um Magalhães directamente nos balcões das Finanças.

Mas, tal como a maioria dos portugueses, acho que o PSD e a sua líder anda a faltar à verdade. No entanto o PSD tem condições para ganhar a confiança dos portugueses sem precisar de dizer as verdades que todos gostaríamos de ouvir dizer acerca deste Governo e de alguns "políticos", devidamente ilustradas com adequados adjectivos. Importa dizer que o PSD "falta a estas verdades", porque felizmente tem muitos outros argumentos para exibir. Desses o PS trata com mestria inigualável...